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Calendário faz São Silvestre deixar de atrair até principais atletas do país

FABIO LEITE LUCAS REIS RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO

Marilson dos Santos, 35, último brasileiro campeão da São Silvestre e principal nome entre os fundistas, não correrá a tradicional prova de rua hoje. Preferiu iniciar as férias e se preparar para o circuito internacional de 2013.

O brasiliense, eleito o melhor atleta do país pela Confederação Brasileira de Atletismo em 2012, não é um caso isolado. A falta de interesse é uma mostra de como a prova perdeu prestígio e atrai cada vez menos famosos.

A edição de 2012 é a primeira com largada pela manhã. A elite feminina sai às 8h40. A masculina larga às 9h.

Muitos atletas da elite da África (continente que faturou 14 dos últimos 20 títulos) não correm neste ano. São os casos dos atuais campeões, a queniana Priscah Jeptoo e o etíope Tariku Bekele. O continente será representado por seu segundo escalão.

Até mesmo para os brasileiros a prova se tornou um estorvo. Eles têm de adaptar seus calendários para participar da São Silvestre. E nem sempre estão 100%.

Paulo Roberto Almeida, 33, vai disputar pela segunda vez e, apesar de nunca ter ido ao pódio, não vê grande importância em sua participação.

"No Brasil, tem prova dez vezes melhor, mas é da São Silvestre que todos falam. Se você diz que é corredor, a primeira coisa que perguntam é se já correu a São Silvestre. Para a mídia é importante, mas, para mim, não", disse.

Paulo Roberto é um dos destaques entre os anfitriões -ao lado de Giovani dos Santos-, mas admite que a São Silvestre está fora dos planos em 2013. Este ano, ele correu quatro maratonas internacionais, entre elas a da Olimpíada -foi o oitavo colocado. "Foi loucura e até hoje estou pagando o preço", disse.

O discurso não é diferente do de Damião Ancelmo, 33.

"A gente chega cansado, mas o patrocinador e a equipe querem que a gente corra. Precisava de mais duas semanas para estar bem", disse ele, que se recupera de lesão.

CARA NOVA

A queda do prestígio da São Silvestre acompanha as mudanças que a prova sofreu. Por causa de interesses comerciais e da perda de espaço para o Réveillon na Paulista, mudou de horário. Em 1989, deixou de ser a noite. Agora, acontecerá de manhã.

O percurso também sofreu alterações. Depois de ocorrer no Ibirapuera em 2011, a chegada volta à Paulista hoje.

Já outras mudanças visaram reinventar a prova e atrair a elite. O aumento do prêmio deste ano (de R$ 35 mil para R$ 50 mil) foi para isso, mas não surtiu efeito.

NA TV
São Silvestre
8h40 Gazeta e Globo


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