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Comando da CBF salva os ameaçados campeonatos locais

ESTADUAIS
Ex-presidente Ricardo Teixeira pensava em dar mais espaço para competições regionalizadas

MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

Patinho feio no calendário do futebol brasileiro, os campeonatos estaduais ganharam musculatura com a chegada, em 2012, da dupla José Maria Marin e Marco Polo Del Nero ao comando da CBF.

Se o desejo do antecessor de Marin, Ricardo Teixeira, era diminuir o espaço dos Estaduais -para valorizar os regionais, a Copa do Brasil e o Brasileiro-, o novo comando descarta esvaziá-los.

Com exceção de Roraima e Amapá, que ainda discutem o formato da competição, os outros 25 campeonatos têm início entre janeiro e março.

Alguns, como o Cearense e o Paraibano, já começaram no fim de semana passado.

"Não há projeto de mudança de calendário. Num país com dimensões continentais, temos de pensar com a nossa realidade e valorizar as rivalidades regionais", disse Marin, em São Paulo, no meio desta semana, durante evento em que apresentou o patrocínio conjunto de uma empresa, a montadora Chevrolet, para 20 dos 27 Estaduais.

Articulado por Del Nero, presidente da federação paulista e potencial candidato a suceder Marin, o patrocínio auxilia federações de pequeno porte, como as de Norte, Centro-Oeste e parte do Nordeste, que receberão de uma vez valores que podem chegar à metade de suas receitas brutas em um ano.

"É um valor que ajuda. É um bom início para que os campeonatos sejam mais rentáveis", disse o presidente da federação de Santa Catarina, Delfim Pádua Filho.

RIVALIDADE LOCAL

Ricardo Teixeira queria que a CBF cuidasse apenas da seleção brasileira e que os campeonatos realizados no Brasil fossem gerenciados pelos clubes participantes.

Entre as propostas estava a mudança que tornaria o calendário brasileiro semelhante ao europeu, com início de temporada no meio do ano.

Isso poderia acabar com os Estaduais e, consequentemente, falir a maioria das federações que têm nas competições locais sua principal fonte de receita no ano.

Os regionais seriam ressuscitados, mas excluiriam times de menor expressão. A Copa Nordeste, por exemplo, é rentável, pois tem rivalidade entre os Estados e boa cota de TV. Já a realidade no Norte e no Centro-Oeste favorece apenas as rivalidades locais.

Mesmo em São Paulo e no Rio, Del Nero questiona o antagonismo entre Estados.

"Você acha que o torcedor de São Paulo prefere ver um São Paulo x Corinthians ou um São Paulo x Flamengo? Temos que valorizar o Estadual, que aqui paga bem."

Ele rebate críticas de que o Campeonato Paulista, o mais rico do Brasil, é inchado com 20 participantes: "Temos mais filiados do que qualquer outra federação. Essas equipes precisam jogar".


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