Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Coadjuvantes se valorizam na Austrália

TÊNIS Após pressão, premiação de primeiras rodadas cresce, proporcionalmente, muito mais do que a do título

Barbara Walton/Efe
Roger Federer brinca com Bob Esponja em evento promocional antes da estreia
Roger Federer brinca com Bob Esponja em evento promocional antes da estreia
FERNANDO ITOKAZU RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO

No milionário circuito profissional do tênis, os quatro melhores jogadores do ranking concentraram 35% da premiação oferecida pelos torneios disputados em 2012.

Se a amostra for ampliada para o top 10 da ATP, o montante passa da metade (53% para ser mais exato).

Essa disparidade fez o Conselho dos Jogadores pressionar por aumento nas premiações, especialmente nas primeiras rodadas -até boicote foi cogitado. E deu certo.

O Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada, começa hoje com recorde de premiação: US$ 31,5 milhões ou R$ 64,2 milhões.

Mais do que o maior crescimento de um ano para outro na história (R$ 8,56 milhões), chama a atenção as diferenças de reajuste em relação à última temporada.

A premiação para o campeão apresentou um aumento "tímido": passou de US$ 2,41 milhões para US$ 2,55 milhões, apenas 5,35% a mais.

Já para os eliminados nas primeiras rodadas, o aumento foi, proporcionalmente, muito mais substancial.

Para quem cair na estreia, o cheque será 32,7%, ou US$ 7.140, maior em relação ao ano passado. Na segunda fase, o aumento é de 36,6% e, na terceira, de 30%.

O sérvio Novak Djokovic, o suíço Roger Federer, o britânico Andy Murray e o espanhol Rafael Nadal, os quatro melhores do mundo, conquistaram 19 títulos juntos, entre eles os quatro Grand Slams e oito dos nove Masters 1.000 -segunda série de torneios com maior premiação.

E, mesmo quando não vencem, eles chegam às fases mais agudas das competições. Assim, arrecadam a maior parte dos prêmios. Além de abocanhar os melhores contratos publicitários.

"Nossa motivação é contribuir para que os tenistas profissionais consigam uma vida decente", afirmou o diretor do Aberto da Austrália, Graig Tiley, ao anunciar os valores da premiação.

O torneio também concedeu aumento de cerca de 15% para quem disputa o qualifying (chave preliminar para os que não têm ranking suficiente para entrar direto na primeira fase da competição).

"Para entrar na chave principal de um Grand Slam um tenista precisa estar entre os cem melhores do ranking de um dos mais competitivos esportes do mundo", afirmou Tiley. "Ao mesmo tempo, queremos continuar prestigiando os tenistas top."

"Os tops são os que mais ajudam a promover o tênis, mas para eles não faz nenhuma diferença ganhar mais US$ 200 mil por um título", afirma o brasileiro Ricardo Mello, que já foi o 50º melhor do mundo e está perto da aposentadoria. Durante a carreira, faturou cerca de US$ 1,5 milhão em prêmios.

O duplista Bruno Soares, que em 2012 ultrapassou a marca de US$ 1 milhão, explica que a quantia é simbólica e enganosa. "É muito menos do que isso o que acaba ficando com a gente", disse, ao citar gastos com transporte e equipe, entre outros.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página