Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Brasil Open aproveita momento para trazer Nadal de volta ao país

TÊNIS
Espanhol deve receber mais de US$ 1 milhão e joga no saibro, piso que prejudica menos seu joelho

Miguel Medina - 24.jun.12/AFP
Rafael Nadal, que vai voltar a atuar no Brasil
Rafael Nadal, que vai voltar a atuar no Brasil
DE SÃO PAULO

A presença do espanhol Rafael Nadal, 26, no Brasil Open, no mês que vem em São Paulo, subverte a lógica de um torneio deste porte no circuito da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).

As negociações para trazer um astro do quilate do ex-número um do mundo e heptacampeão de Roland Garros não começam por menos de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 2,03 milhões).

É mais do que o dobro da premiação distribuída no torneio -US$ 455 mil-, desde o qualifying até o campeão.

Além disso, a questão financeira não é primordial para confirmar a presença de uma estrela como Nadal.

Em edições anteriores, o próprio espanhol e também o suíço Roger Federer já haviam recusado cachês milionários para participar do único torneio masculino de primeira linha disputado no país nesta temporada.

É muito difícil o Brasil Open atrair um top 10.

O evento integra a série de menor importância entre os torneios de elite -o campeão recebe 250 pontos, ante 2.000 do vencedor de Grand Slam.

Além disso, os chamados ATP 250 não entram na lista dos obrigatórios para a formação de pontuação no ranking dos tenistas top, que precisam disputar os quatro Grand Slams e determinados Masters 1.000 ou serão zerados naquelas semanas.

Nenhum dos 12.920 pontos do líder do ranking, o sérvio Novak Djokovic, foi conquistado em um ATP 250.

Na lista dos 19 torneios que aparecem na pontuação do ranking de Federer, apenas um -Halle, um dos poucos na grama e que é preparatórios para Wimbledon- faz parte do grupo dos 250.

O Brasil Open sofre também com a localização geográfica desfavorável.

No mesmo período, acontecem torneios do mesmo porte ou maiores na Europa.

A organização do Brasil Open já tentou usar o argumento de o torneio ser disputado no saibro para atrair tenistas como preparação para Roland Garros, único Grand Slam disputado no piso.

O francês Jo-Wilfried Tsonga, oitavo do mundo, rechaçou a sugestão, dizendo que Roland Garros é um torneio com características distintas de qualquer outro disputado no saibro e que ele preferia jogar perto de casa.

Mas as circunstâncias trouxeram Nadal de volta ao país. Ainda adolescente, ele foi campeão do Brasil Open, que era disputado no litoral da Bahia, em 2005.

Após conquistar seu segundo título na carreira, o espanhol disse que tentaria voltar para defendê-lo no ano seguinte, mas não apareceu.

Agora, Nadal sofre com dores no joelho. Não joga desde a surpreendente eliminação na segunda rodada de Wimbledon, em junho de 2012.

Seu retorno inicialmente aconteceria no final do ano passado, em quadra dura.

O saibro, no qual conquistou a maioria de seus títulos, é menos agressivo ao físico de Nadal, que confirmou participação na terra batida de Acapulco, duas semanas após o Brasil Open.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página