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Pentatlo anuncia estádio inovador, mas Rio ignora

2016
Comitê organizador afirma que houve apenas conversas informais

MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO

A Olimpíada de 2016 terá um estádio "novo" e "revolucionário". Mas, ao menos oficialmente, o comitê do Rio diz que não foi informado.

O anúncio foi feito anteontem pela União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM) em carta assinada pelo presidente Klaus Schormann.

No documento, a entidade que rege a modalidade mundialmente detalha o projeto inédito de estádio que reuniria, já na Rio-2016, as cinco provas (natação, esgrima, hipismo, tiro e corrida).

Uma inovação no esporte que deu a medalha de bronze para a brasileira Yane Marque em Londres-2012. Na Olimpíada passada, as disputas foram em três diferentes arenas, no mesmo dia.

"Agora, o espectador pode assistir a cinco provas em cinco horas com um ingresso e um assento", afirma a carta.

A organização dos Jogos do Rio ignora o anúncio.

À Folha o comitê da Rio-2016 diz que não recebeu nenhuma comunicação oficial sobre o assunto. "Algumas conversas informais aconteceram com o comitê organizador, mas não houve um comunicado oficial nem para a Rio-2016 nem para o Comitê Olímpico Internacional."

Assim, afirma a Rio-2016, o projeto apresentado no dossiê de candidatura será mantido e as competições olímpicas de pentatlo serão no Parque Olímpico de Deodoro.

A união internacional informa que falou com o departamento de esportes da Rio-16 e que seu presidente tratou do assunto com Carlos Arthur Nuzman, chefe do comitê organizador e do Comitê Olímpico Brasileiro, em 2012.

O projeto da Rio-2016 determina que o pentatlo será disputado em três instalações: arena de esgrima (permanente, a ser construída), centro aquático (existente, mas que precisa de arquibancada provisória) e arena de hipismo e evento combinado (provisória, a ser construída).

Este modelo, utilizado em competições atualmente, apresenta dificuldades para o público. Por isso, a união internacional anuncia o estádio como "revolucionário".

MAIS ATRATIVO

A modalidade foi introduzida no programa olímpico em Estocolmo-1912. Mas só nas duas últimas décadas apresentou inovações que a tornaram mais popular.

Atrair mais público, mídia e, consequentemente, dinheiro é o que deseja o Comitê Olímpico Internacional.

O COI se reunirá em setembro deste ano na Argentina para escolher a sede dos Jogos de 2020 e também quais modalidades poderão entrar ou deixar o programa olímpico depois da Rio-2016.

O anúncio do novo estádio serviria como posicionamento da UIPM perante ao COI. Para a Rio-16, foram introduzidos o rúgbi 7 e o golfe, por exemplo. O beisebol é um dos esportes em campanha para retornar ao programa dos Jogos em 2020.

De acordo com o presidente da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno (CBPM), Helio Meirelles, a modalidade tem tomado atitudes para mostrar que deseja ser mais atraente ao público e permanecer nos Jogos.

"Depois de Londres foi falado algo, mas não tínhamos informações de que haveria um anúncio do projeto. É preciso avaliar custos e outras coisas", declara Meirelles.

O estádio proposto é uma instalação provisória. No projeto do Rio, só a arena de esgrima será um legado para a cidade. As outras arenas do pentatlo serão desmontadas.


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