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Em último ato, Tirone vai à Argentina por Riquelme
PALMEIRAS Isolado, cartola tenta amenizar imagem contratando meia
O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, viajou ontem a Buenos Aires para negociar com o meia argentino Riquelme, 34, mesmo sem o aval do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) para realizar contratações. A quatro dias de entregar o cargo -a eleição será segunda-feira-, o dirigente tenta usar a controversa investida para amenizar sua imagem no fim da gestão, que ficará marcada pela queda do time para a Série B.
Tirone e o diretor financeiro Antônio Henrique Silva se reuniriam com o empresário de Riquelme, Daniel Bolotnicoff, para tratar da questão salarial. O meia pediu US$ 250 mil (cerca de R$ 510 mil) -mais do que ganham Barcos e Valdivia- por um contrato de três anos.
Tirone não atendeu as ligações da Folha no início da noite e o vice de futebol, Roberto Frizzo, disse que não sabia de nada.
Bolotnicoff não foi localizado em seu escritório na capital argentina.
Foi justamente a ideia de contratar Riquelme que levou o COF a decidir em dezembro que Tirone deve apresentar recursos financeiros para viabilizar contratações, sob pena de ser expulso do conselho deliberativo.
Até agora só chegaram dois reforços -o goleiro Fernando Prass e o lateral Ayrton.
Além da falta de dinheiro -a dívida chega a R$ 230 milhões-, existe uma rejeição a Riquelme porque o meia não joga desde julho, quando defendeu o Boca Juniors na derrota para o Corinthians na final da Libertadores.