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Conflito de interesses trava verba federal para obras do Itaquerão

2014
BB quer garantia, que Odebrecht não dá, e diz ao Corinthians que gestão não é problema

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC

Estádio da Copa tido como o mais beneficiado por articulações políticas e dinheiro público, o Itaquerão ainda não viu um centavo do financiamento federal por divergências entre os envolvidos.

O entrave ocorre devido a um conflito entre o Corinthians, a Odebrecht e o Banco do Brasil, repassador do empréstimo do BNDES.

Há aproximadamente quatro meses, executivos das três entidades se reuniram para solucionar o problema.

No encontro, o vice-presidente do BB, Paulo Caffarelli, disse a Luis Paulo Rosenberg, vice do Corinthians, que a liberação do dinheiro só ocorrerá quando a Odebrecht oferetasse garantias financeiras que assegurem o pagamento dos R$ 400 milhões.

A Folha apurou que a empreiteira ofertou uma garantia, chamada ESA (Equity Support Agreement), que não foi aceita pelo BB. De acordo com essa proposta, o patrimônio da empresa não poderia ser usado como garantia.

Para liberar o financiamento, o banco exige da Odebrecht aval ou fiança como garantia, que seria usado em caso de inadimplência. Nesse caso, o patrimônio da construtora seria instrumento de pagamento do empréstimo.

Mas atender as exigências do BB comprometeria a imagem da empresa no mercado.

A Odebrecht, então, tenta criar alternativas para driblar essa exigência, obter a liberação do dinheiro e ganhar fôlego para tocar a obra, que já consumiu R$ 350 milhões.

A empreiteira fez dois empréstimos-ponte (Banco do Brasil e Santander) para conduzir a construção enquanto os R$ 400 milhões não saem.

GESTÃO

Um dos modos propostos pela empreiteira para driblar a exigência do BB é que o banco possa pedir a troca na gestão da arena, caso o empréstimo não esteja sendo pago.

O BB teria poder para cobrar que o Corinthians trocasse o administrador das receitas do Itaquerão. Essa possibilidade é questionada dentro do Parque São Jorge.

Cartolas corintianos veem essa saída como uma chance de terceiros, inclusive a Odebrecht, que recentemente criou empresa para gerir arenas, conseguirem a administração de seu estádio.

O clube não abre mão de gerir a arena, que deve ser entregue em dezembro.

No encontro entres as entidades, quatro meses atrás, o Banco do Brasil deixou claro ao clube e à empreiteira que a gestão do estádio nada afeta na liberação do recurso -o empecilho é apenas a garantia financeira.

A Odebrecht vai aguardar até abril uma solução para o caso. Se nada for resolvido, não está descartada a possibilidade de a construtora abrir mão do empréstimo federal, com juros menores, e procurar outras fontes de financiamento para o estádio.

A arena está prevista para ser entregue em dezembro.

Oficialmente, Corinthians e Odebrecht afirmam que continuam em negociações com o Banco do Brasil para liberar o empréstimo o mais rápido possível -informação também confirmada pelo BB.


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