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Prancheta do PVC

Qual é o seu lugar?

Ganso merece a paciência da torcida que existiu com Raí, mas precisa saber jogar em outros lugares

O primeiro gol do Santos é simbólico. Neymar está na marca do pênalti, quando dá o toque sutil, e perfeito, para Miralles marcar.

Lembra do tempo em que se perguntava quem era melhor? Ganso ou Neymar? Em 2010, tanto tempo atrás que faz parecer absurda a pergunta. Neymar jogava aberto pela esquerda, Ganso como meia, pela faixa central do campo.

Neymar mudou. Ganso não!

Nos primeiros doze minutos de jogo, Ney Franco tentou proteger Jadson, seu melhor jogador das últimas partidas. Para isso, deslocou Ganso para o lado esquerdo e permitiu a Jadson atuar no mesmo lugar em que vinha fazendo sucesso.

O São Paulo controlou as ações, Jadson deu velocidade, mas Ganso apareceu pouco no jogo. O sistema tático também prejudicava Osvaldo, deslocado à direita, em vez de jogar pela esquerda, onde brilhava.

Demorou 12 minutos para Ney Franco trocar. Ganso virou meia-armador, pelo centro, Jadson foi para a direita, Osvaldo, para a esquerda.

Não foi isso o que definiu a vitória do Santos no clássico.

Foi mais a velocidade do meio de campo organizado por Muricy, com o bom Renê Júnior de primeiro volante, Arouca e Cícero criando pelos lados, Montillo ligando a defesa com o ataque com velocidade.

Quem definiu a vitória do Santos também foi Neymar. No primeiro gol, o passe perfeito para Miralles. No segundo, recebeu no círculo central e disparou em velocidade, até sofrer pênalti de Paulo Miranda.

Em dezembro, questionado se gostava ou não da maneira como jogava na seleção de Mano Menezes -quase centroavante- Neymar disse: "Gosto! Mas, quer saber? Gosto de qualquer jeito. Quero é jogar!".

A prova está nos lances dos gols. No primeiro, passe preciso, da marca do pênalti. No segundo, arrancada do círculo central. No terceiro, cruzamento da ponta esquerda.

É diferente com Ganso. Só se sabe de uma posição em que foi escalado e jogou bem. Ou joga armando, por dentro, ou não joga. Quando atua bem, Ganso cadencia com o ritmo de Zidane, de Riquelme, de Raí no início de carreira. Quando vai mal, é lento. Some!

Na quarta-feira, Raí criticou na TV Globo a apatia e a falta de reação de Ganso com a reserva. Raí passou pelo mesmo, até Telê Santana chegar. Em 1991, numa entrevista à revista "Placar", Raí me disse: "Este vai ser meu ano!". Foi.

Ganso merece a paciência da torcida que existiu com Raí. Mas, em vez de ficar parado como meia-armador clássico dos anos 60, Raí se tornou um ponta de lança de chutes fortes e movimentação intensa. Foi referência da equipe de Telê, bicampeã da Libertadores, campeã mundial em 1992. A decisão de se transformar no craque do time ninguém precisou tomar por Neymar. Jadson parece mais perto de anunciar isso no São Paulo. Ganso precisa saber jogar em outros lugares.

ARTILHEIRO

Três minutos para fazer o gol. Sem Guerrero, Pato pode ser o centroavante, mas seu gol mostra que ele pode inverter de posição com Émerson. No 4-2-3-1 de Tite, Pato pode jogar pela direita e entrar em diagonal. Foi assim a jogada em que marcou seu primeiro gol.

VELOCIDADE

A vitória do Cruzeiro na reabertura do Mineirão mostrou um time mais rápido do que o Atlético-MG. Everton Ribeiro pela direita, Ricardo Goulart centralizado e Everton pela esquerda. E volantes que ajudam a armar. Marcelo Oliveira fez sucesso no Coritiba com o mesmo esquema.


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