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Memória

Fiz meu gol mais bonito nesse estádio

TOSTÃO COLUNISTA DA FOLHA

Tenho muito orgulho de ter participado da inauguração do Mineirão, em 1965. Até 1970, o Cruzeiro foi pentacampeão mineiro e campeão da Taça Brasil, ao vencer, nos dois jogos finais, o melhor time do mundo, o Santos de Pelé.

Por causa do Mineirão e por juntar, por acaso, num mesmo time, vários excelentes jogadores, o Cruzeiro se tornou uma equipe nacional e internacional. Antes do Mineirão, o maior clássico mineiro era América-MG x Atlético-MG.

Tive muitas alegrias no Mineirão. O gol mais bonito que fiz não foi contra o Santos nem contra o Atlético-MG. Foi contra o Araxá, pelo Mineiro, quando dei dois chapéus em dois zagueiros e joguei a bola por cima do goleiro. Foi meu dia de Pelé e Neymar.

Espero que os torcedores, os dirigentes e o consórcio que administra o estádio cheguem a um acordo para ter os clássicos e os principais jogos de Cruzeiro e Atlético-MG no Mineirão e que não haja mais jogos com torcida única.

A presença, ontem, de 50% de torcedores de cada clube valeu só para este jogo. Quando tiver o mando de campo, o Atlético-MG anuncia que vai jogar no Independência e que o Cruzeiro terá 10% dos ingressos. Quando o Cruzeiro for o mandante, será no Mineirão, e a regra será a mesma. Compreendo os interesses comerciais de cada clube, mas acho um absurdo construir um estádio tão grandioso e não ter grande número de torcedores dos dois times em uma mesma partida.

O torcedor tem de cuidar bem do Mineirão. Para isso, ele também precisa ser bem tratado, o que não ocorreu na venda de ingressos do jogo de ontem.


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