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Participante, brasileiro confirma esquema

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

José Joelson Inácio, 29, reage sem nenhum espanto à descoberta de uma rede de manipulação de resultados espalhada por quatro continentes e divulgada ontem pela polícia europeia.

"É assim mesmo. Eles estão em todos os lugares. Na Inglaterra, apostam até em corrida de formiga", afirma.

O brasileiro sabe bem como funciona o esquema que preocupa o mundo do futebol. É por ter se envolvido nele que o atacante só poderá voltar a jogar profissionalmente em fevereiro de 2015.

Joelson cumpre desde setembro dois anos e meio de suspensão dada pela Justiça esportiva italiana por ter participado da máfia de fabricação de placares no Calcio.

O jogador, que atuava nas divisões inferiores, é réu confesso em dois casos no começo de 2010, quando defendia o Grossetto, na Série B.

Ele admitiu ter tentado comprar o goleiro da Ancona para perder de propósito e, por uma bolsa de € 20 mil (R$ 53,8 mil), inferior a seu salário, ter encomendado uma derrota do time que defendia para a Reggina, então dona dos seus direitos federativos.

Agora, impossibilitado de jogar e de volta a Bérgamo, norte da Itália,após passar férias em Minas Gerais, pensa na reconstrução da sua vida.

O atacante estuda proposta de empresários para trabalhar como um tipo de faz-tudo de jogadores brasileiros recém-chegados ao país.

Suas tarefas iriam de atuar como intérprete dos atletas nos clubes, ajudá-los a se adaptar a uma nova cultura e até dar conselhos sobre o ambiente do futebol na Itália, onde vive desde os 13 anos.

"Para um jogador, a coisa mais fácil é colaborar com algum empresário. Mas não sei ainda se quero isso. Tenho esperança que reduzam minha pena. Quero voltar a jogar."


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