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Confederação abre mão de utilizar lei de incentivo

TÊNIS
Entidade diz que decisão foi tomada antes de prestação irregular

FERNANDO ITOKAZU DE SÃO PAULO

A Confederação Brasileira de Tênis não pretende mais utilizar a Lei de Incentivo ao Esporte, na qual empresas contam com isenção fiscal ao investir, para arrecadar recursos para seus eventos.

O anúncio foi feito ontem pelo presidente Jorge Lacerda. Apesar de a CBT enfrentar problemas com a prestação de contas de um projeto de 2011, o dirigente diz que a decisão foi tomada antes.

"Não vamos mais usar a lei porque ela tira a verba do marketing das empresas."

Parecer técnico do Ministério do Esporte identificou irregularidades no projeto Grand Champions Brasil 2011, torneio que reuniu veteranos do circuito da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), em São Paulo.

O ministério diz ter detectado pagamentos indevidos, sem especificar quais, e que enviou o relatório à CBT.

A CBT, que disse não ter sido notificada, terá 20 dias para apresentar justificativas e/ou sanar as irregularidades.

Reportagem do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha) afirma que o relatório aponta que R$ 440 mil foram gastos em serviços não realizados.

A discrepância aconteceria com uma nota fiscal de R$ 400 mil, da Premier Sports Brasil, referente ao pagamento da quadra do evento.

Lacerda afirma que houve mudança de local e superfície. O evento seria no complexo empresarial WTC, em quadra de borracha, mas a pedido da ATP foi disputado no saibro. O torneio foi transferido para o clube Harmonia.

Em acordo para cessão da quadra, a Premier se comprometeu a fazer uma série de benefícios, entre outras coisas, a montar uma área VIP e a disponibilizar 150 convites diários para sócios do clube.

A outra operação que apareceria no relatório do ministério envolve a Brascourt, que recebeu R$ 40 mil para montar a quadra de borracha.

A CBT diz que, com evento transferido para o Harmonia, a empresa colocou à disposição uma lona para proteção e uma equipe para manutenção. Foi solicitada a devolução da diferença.

Jorge Lacerda afirmou que aguarda a notificação e que acredita em erro técnico do ministério. "Tomara que seja só isso [falha técnica]."

O dirigente admite devolver recursos, mas afirmou que pretende ir à Justiça se necessário. "Nunca questionei uma decisão técnica do ministério, mas agora se for preciso eu vou", afirmou.

O presidente afirmou lamentar que um processo de prestação de contas ainda não concluído tenha vazado.


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