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Na malandragem

Ronaldinho brilha, dá passes para os 2 gols, cria armadilha para o São Paulo e dá vitória ao Atlético-MG na Libertadores

Atlético-MG 2
Jô, aos 13min do 1º tempo, e Réver, aos 28min do 2º tempo

São Paulo 1
Aloísio, aos 38min do 2º tempo

DE SÃO PAULO

A bola sai pela linha lateral. Ronaldinho aproveita a paralisação do jogo para ir à grande área do São Paulo tomar água ao lado de Rogério.

O camisa 10 termina de se hidratar e fica por lá. Afinal, não há impedimento em cobrança de arremesso lateral.

Só que a defesa são-paulina parece se esquecer deste detalhe da regra e deixa o astro do Atlético-MG livre, por trás de todos os zagueiros.

O efeito é imediato. Ronaldinho recebe a bola sem marcação, vai à linha de fundo, levanta a cabeça e cruza rasteiro. Jô, meio que caindo, tem apenas um trabalho: empurrar para dentro do gol.

Foi com esse lance, ocorrido aos 13min do primeiro tempo, uma mistura de malandragem e sorte de Ronaldinho com a desatenção são- -paulina que o Atlético começou a definir o primeiro confronto entre brasileiros nesta edição da Libertadores.

Os mineiros aproveitaram o mando de campo e, com dois gols nascidos de passes de Ronaldinho, saíram na frente na disputa entre os favoritos do Grupo E -Arsenal de Sarandí e The Strongest estreiam hoje no torneio.

"Foi sorte mesmo. Fui limpar a boca. Quando vi, o juiz deu seguimento à jogada. Não foi nada ensaiado, foi sorte mesmo", disse Ronaldinho, sorrindo, sobre a jogada, na saída para o intervalo.

Rogério, sem acreditar na inocência adversária preferiu reclamar dos companheiros. "Foi erro nosso de marcação. Foi falta de atenção. Tínhamos que jogar com erro zero", lamentou o goleiro e capitão.

Apesar de ter jogadores com vasta bagagem internacional, como Lúcio e Jadson, o São Paulo é um time de pouca experiência em Libertadores. Só três titulares (Rogério, Wellington e Luis Fabiano) não disputam a competição pela primeira vez na carreira.

E o time parece ter sentido a novidade. Durante o primeiro tempo, foi engolido por uma equipe invicta há um ano e meio em casa e que jogava na mesma intensidade alucinante de sua torcida.

Com os passes geniais de Ronaldinho, em grande atuação, e a velocidade de Bernard, o Atlético poderia ter ido para o intervalo com 3 a 0 não fossem duas importantes defesas de Rogério.

A aposta do São Paulo para o segundo tempo era que o time mineiro, que havia feito apenas dois jogos oficiais em 2013, sentiria o cansaço.

O desgaste realmente aconteceu, e o time de Ney Franco cresceu. Mas aí teve no ataque a mesma deficiência que havia mostrado na defesa e que, em um jogo como o de ontem, é letal: errou.

Luis Fabiano ficou sozinho na frente de Victor. Era a primeira chance real do São Paulo, e o centroavante bateu cruzado. Mas goleiro atleticano conseguiu defender.

E pouco depois Ronaldinho voltou a brilhar. Recebeu uma bola na direita e levantou para a área. O passe foi perfeito na cabeça de Réver, que definiu a vitória mineira.

Houve ainda tempo para o São Paulo descontar, em jogada de força de Aloísio, após passe de Luis Fabiano.

Mas a noite da Libertadores era mesmo do Atlético. Era principalmente de Ronaldinho. Malandro. Sortudo. Decisivo. E em dose dupla.


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