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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Faca nos dentes

Pato e Romarinho entraram para acertar o Corinthians; o Palmeiras foi valente, mas seus limites são claros

A estrela de Tite continua brilhando intensamente, apesar de todos os erros do Corinthians no clássico de ontem. Suas duas alterações levaram ao gol de empate por 2 a 2. Passe de Pato, finalização de Romarinho.

Pato e Romarinho entraram com a faca nos dentes e corrigiram o erro do Corinthians depois dos 25 minutos. Até os 23 minutos, partidaço corintiano. Duas bolas na trave e um gol de Emerson.

Nos trinta minutos seguintes, a equipe parecia confiar em vencer apenas com o "escudeto" de campeão do mundo no peito. Aí, não!

O Palmeiras é valente, faca nos dentes também, mas seus limites ficaram evidentes no gol do empate corintiano. Vilson, Márcio Araújo, Wesley, Souza e Charles, todos já jogaram como volantes. Mas nenhum estava na cabeça da área, de onde Romarinho fez 2 a 2.

Desde quinta-feira, depois de vencer o Sporting Cristal, a estratégia do Palmeiras era segurar o Corinthians com muita marcação.

Vinícius não era o único atacante. Nem isso. Vinícius tem jogado aberto pela esquerda. Souza e Wesley revezam-se como atacantes.

"A ideia é liberar os meias para eles criarem", explica o técnico Gilson Kleina.

Outra parte da estratégia era adiantar Márcio Araújo para marcar Paulinho. O início do clássico mostrou o antídoto corintiano.

Principal articulador do meio de campo campeão mundial, Paulinho era acompanhado por Araújo em todos os lugares, menos nos fundamentais.

Na intermediária, perseguição. Perto da área, Paulinho deu passe para Jorge Henrique chutar na trave e surgiu como um raio na marca do pênalti para cabecear.

Quase marcou. No último lance do jogo, lá estava Paulinho de novo, livre. Recebeu de Emerson e quase fez de meia-bicicleta.

Mas foram Pato e Romarinho os que reequilibraram o jogo, depois de entrarem nas vagas de Guerrero e Alessandro. Pato já havia feito até gol em seu primeiro jogo pelo Corinthians, contra o Oeste. Em sua estreia no clássico, mostrou inteligência na jogada do gol de empate.

Estreia mesmo quem fez foi Wesley. Por cruel que pareça, Wesley não se acertou pelo Palmeiras desde sua chegada, depois da vaquinha do ano passado.

Ontem, Wesley ainda errou muito. Mas acertou o principal. Dois passes para gol, o primeiro deles lindo, para a cabeçada de Vilson.

Já são quatro assistências neste ano, apesar de jogar numa posição que não é sua desde o início de carreira.

No Santos, quando menino, Wesley era elogiado por Leão como a maior revelação da geração em que apareceu nas divisões de base santistas. Era atacante.

Recuou até ser segundo volante do Santos campeão da Copa do Brasil de 2010.

Wesley está reagindo, mas seu melhor lugar não é no ataque. Pode ser segundo volante ou ponta, perto de um meia talentoso -Valdivia, quem sabe, mesmo que seja mais fácil acreditar em saci-pererê ou mula sem cabeça.

JOGO DA SEMANA

Vanderlei Luxemburgo pode ficar na berlinda se não vencer o Fluminense, quarta-feira, pela Libertadores. A situação lembra a de seu Palmeiras em 2009, que sofreu com o Colo Colo. O algoz de Luxemburgo novamente é um time chileno. O Huachipato vai dar trabalho.

EM EVOLUÇÃO

Ganso ainda tem muito a evoluir, mas seus lances nos minutos finais indicam esboço de reação. Quase marcou no Independência e fez seu segundo gol pelo São Paulo contra o Ituano. Precisa de mais vibração, mais passes, mais armação. Talvez mais parceria em campo.


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