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Corinthians recorre e diz que punição é 'precipitada'

LIBERTADORES
Prioridade é garantir presença de torcedores na quarta

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

O Corinthians enviou à Conmebol ontem à tarde recurso para tentar derrubar a decisão cautelar -e provisória- que determinou a realização de jogos do time na Libertadores sem a presença de torcedores. Para o clube, a punição foi precipitada.

Na defesa, o Corinthians afirma que não poderia ocorrer nenhuma punição antes que a polícia da Bolívia terminasse a investigação da morte de Kevin Espada, 14.

O garoto foi atingido no olho por um sinalizador disparado por torcedores do Corinthians na partida entre a equipe paulista e o San José, em Oruro, na última quarta.

A prioridade do clube é derrubar a decisão antes de quarta, quando o time recebe o Millonarios-COL no Pacaembu. A diretoria espera uma resposta da Conmebol sobre o recurso até segunda.

"A decisão, de caráter liminar, foi tomada sem que o inquérito policial estivesse pronto. Não se identificou quem disparou o objeto. Então, não deveria haver a medida cautelar", argumentou o diretor jurídico corintiano, Luiz Aberto Bussab.

O dirigente afirma ainda que não poderia haver qualquer decisão cautelar sem que o clube fosse ouvido.

Além da falta de uma definição da polícia boliviana, o clube também sustenta no recurso que a medida cautelar pode causar prejuízos incontornáveis ao Corinthians.

A diretoria afirma que, caso haja reversão da punição após o jogo contra o Millonarios, o clube não será ressarcido pela perda de receita por ter que atuar sem a presença dos torcedores.

Para essa partida no Pacaembu, já haviam sido vendidos mais de 28 mil ingressos. A arrecadação ficaria em torno de R$ 1,2 milhão.

"Se a gente jogar sem torcida agora, por causa dessa decisão, será um prejuízo enorme para o time. E, se revertermos depois, não haverá como os danos serem reparados", explicou Bussab.

RENDA

Uma das estratégias de defesa foi evitar revelar ontem como será feito o ressarcimento aos torcedores que já compraram ingressos -foram 82.500 vendidos para os três jogos da primeira fase.

O clube temia que o argumento de "prejuízo para o time jogar sem torcida" fosse fragilizado se vários torcedores já pedissem o reembolso.

"Como é uma decisão ainda não definitiva, o Corinthians pode aguardar até o dia do jogo para fazer essa devolução do dinheiro", disse Paulo Arthur Góes, diretor-executivo do Procon-SP.

A bilheteria foi, em 2012, a segunda maior fonte de receita corintiana, perdendo apenas para a cota dos direitos de transmissão para a TV.

Por isso a preocupação de perder receita, que, somente com a Libertadores, deve chegar a R$ 15 milhões neste ano.

O Corinthians também argumenta que a medida da Conmebol afetará os torcedores do Millonarios, que já têm ingressos e passagens compradas para ver a partida.

Ontem, alguns torcedores procuraram o clube afirmando que poderiam acionar a Justiça comum para garantir o direito de ir ao jogo.


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