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Presidente remonta elenco a custo baixo

PALMEIRAS Após um mês no clube, Nobre reduz dívidas, recebe críticas e ainda corre atrás de patrocinador

FABIO LEITE DE SÃO PAULO

Paulo Nobre desceu de helicóptero no gramado do spa em Itu onde o Palmeiras treinava para o clássico contra o Corinthians no domingo passado. Era sexta-feira, e mais dois reforços seriam apresentados naquela tarde.

Mas, mais do que repetir a Léo Gago e Leandro a frase "honrem essa camisa", que virou um mantra nas apresentações, o cartola queria explicar o negócio que resultou na saída do ídolo Barcos para o Grêmio, seguida de uma avalanche de críticas.

"Essa foi a primeira decisão polêmica dessa presidência. Virão outras. Eu posso errar, mas nunca vou errar por omissão", desabafou Nobre, logo após contar que o atacante argentino poderia deixar o clube de graça por causa de dívidas salariais.

O caso Barcos exemplifica o que foi o primeiro mês da gestão Nobre, que assumiu no dia 22 de janeiro um clube rebaixado para a Série B, mergulhado numa crise financeira e sem jogadores para montar um elenco capaz de disputar quatro competições no ano e recolocar o time na elite do futebol nacional.

Aconselhado pelo diretor-executivo José Carlos Brunoro, seu braço direito -anunciado já no terceiro dia da gestão-, Nobre preferiu trocar Barcos pelo fim das dívidas e mais quatro atletas do Grêmio -Vilson, Rondinelly, Léo Gago e Leandro. Outro ainda virá para a Série B.

A medida impopular -conselheiros chegaram a pedir a demissão do dirigente- foi a solução para reconstruir um time que tinha apenas 18 jogadores, superando a falta de dinheiro em caixa.

A dívida do clube ultrapassa os R$ 200 milhões, e parte significativa da receita deste ano já havia sido comprometida em 2012 -só da cota de TV, 65% dos R$ 55 milhões que a Globo pagaria em 2013 foram antecipados.

Sem recursos, Nobre descartou a contratação de Riquelme -o ex-presidente Arnaldo Tirone havia acertado dois anos de contrato com o meia argentino, por R$ 420 mil mensais de salário- e lançou mão dos empréstimos para rechear o elenco do técnico Gilson Kleina.

Dos quatro gremistas, só o zagueiro Vilson foi contratado. O volante Charles e o lateral esquerdo Marcelo Oliveira, envolvidos na troca por Luan com o Cruzeiro, ficam até o fim do ano. E o centroavante Kléber, emprestado do Porto-POR para substituir Barcos, tem contrato até o fim de junho ou da Libertadores.

Ao contrário do antecessor, Nobre dificilmente atende ligações de jornalistas -Brunoro tem sido o porta-voz.

O cartola fez mudanças na assessoria de imprensa com o objetivo de evitar vazamentos de informações e contratou o gerente de futebol linha--dura Omar Feitosa para impor disciplina no vestiário.

Embora comemore a boa fase do time em campo -já são seis jogos sem perder, fato que não ocorria havia 11 meses-, Nobre aposta suas fichas no time que anunciará nesta semana -cinco diretores- e corre contra o tempo atrás de um novo patrocinador máster de camisa, já que a Kia ficará até o fim do Paulista pagando quase R$ 900 mil a menos por mês.


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