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Técnico tenta dar sobrevida a time de MG

VÔLEI Treinador do Praia Clube, Spencer Lee busca hoje contra o Sesi manter equipe nas quartas da Superliga feminina

MARCEL MERGUIZO DE SÃO PAULO

Em uma Superliga feminina marcada por atletas e técnicos campeões olímpicos, uma equipe de Uberlândia com orçamento que representa 20% de uma das potências chegou aos playoffs como quarta melhor do país.

O responsável pelo desempenho do Praia Clube é Spencer Lee Christian Fjos Driessen van Dijk, técnico de nome tão incomum quanto a briga do time pela liderança em mais de metade do torneio.

"Não sou técnico dos que ficam em pedestal", diz o treinador de 43 anos à Folha.

Mineiro de Passos, apesar do nome devido à sua ascendência holandesa, Spencer está em sua quinta Superliga no comando do Praia.

Nas quartas de final, o time perdeu o primeiro jogo para o Sesi por 3 sets a 1, em São Paulo. Hoje, às 21h, em Uberlândia, um vitória leva à disputa da terceira partida.

Outra derrota, porém, elimina a equipe que teve a maior pontuadora do primeiro turno, a cubana Herrera. Ela rompeu o ligamento do joelho esquerdo no fim de 2012, passou por cirurgia e volta em cinco meses.

Spencer recebeu elogios pela campanha e pelo modo de comandar as atletas.

"Já fui de esporro, mas, depois que você é pai, aprende que não deve fazer com a filha dos outros o que não quer que façam com a sua", diz ele, pai de Emylee, 4, e marido de Cybele há oito anos.

Spencer gosta de brincar, até com os apelidos que recebe em razão da calvície e do hemangioma na cabeça -má-formação de vasos sanguíneos na gestação.

"Muitos me chamavam de Gorba, por causa do [ex-líder soviético Mikhail] Gorbachev", ri Spencer.

Dono de 19 títulos estaduais e 12 nacionais em várias categorias de base, em 2012 ele comandou a equipe de vôlei sentado de Uberlândia.

"Seria um desafio ir a uma Paraolimpíada. Gostaria

de um dia estar à frente de uma seleção de base. Para o adulto, acho que tem nomes mais bem preparados", afirma o técnico que já foi professor da Universidade Federal de Uberlândia.

Ele também foi convidado pela Confederação Brasileira de Vôlei para ser um dos técnicos de referência no Brasil, o que o levou a estágios na seleção infanto e juvenil.

Apesar de se definir como "mineiro, simples, comedor de pão de queijo, que nasceu com nome artístico", Spencer traz consigo curiosidades.

É neto de Wim van Dijk, pintor holandês que se destacou no século passado por quadros renascentistas.

Combatente na 2ª Guerra ao defender o país da invasão nazista, Wim foi baleado e teve as pernas amputadas. Mudou-se para Petrópolis com Louis, pai de Spencer.

O técnico é baterista, gosta de uísque, rock e discos de vinil. "Isso dá o equilíbrio ao estresse da Superliga".


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