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'Patrocínio' de liga dos EUA impulsiona Brasil em Mundial

BEISEBOL Seleção recebe ajuda americana em participação inédita

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

A seleção brasileira faz sua estreia no Mundial profissional de beisebol contra o Japão, bicampeão da competição, às 7h (de Brasília) de amanhã, em Fukuoka.

A participação nacional na competição, que é organizada pela liga profissional americana (MLB), só se tornou possível graças à parceria com os norte-americanos.

"[A MLB] Pagou todo o custeio para nosso treinamento. Ela banca o transporte de todas as seleções, mas para nós pagou concentração e até uniformes", disse Jorge Otsuka, presidente da CBBS, a confederação brasileira.

O mandatário contou que enviar uma equipe para o Mundial custaria cerca de R$ 800 mil aos cofres da confederação -a delegação brasileira tem 45 integrantes.

"Nós nem sonhamos com um valor desse. Hoje vivemos de taxas de inscrição e anuidades. Os funcionários da federação são, na maioria, voluntários", disse Otsuka.

A MLB se tornou parceira desde que a CBBS perdeu verba da Lei Piva, em 2009 -o beisebol não é mais esporte olímpico. Sem dinheiro em caixa, Otsuka costurou aproximação com a associação.

Segundo o dirigente, os americanos não provêm recursos, mas ajudam no fornecimento de material e na expertise. Em troca, a CBBS promove "peneiras" que atraem olheiros americanos.

Técnico da seleção, o americano Barry Larkin foi pinçado via MLB. O astro não é um luxo. Ex-jogador e membro do Hall da Fama, Larkin não recebe salário pela função.

A ponte Brasil-EUA se reflete também no elenco nacional que atuará neste Mundial. Dos 28 convocados, dez estão em equipes menores da liga. Único brasileiro em um time principal da MLB, Yan Gomes, do Cleveland Indians, pediu dispensa do Mundial.

Outros dois atletas atuam em ligas universitárias dos EUA e dez, no Japão. Apenas quatro jogam no Brasil.

A seleção está no Grupo A, que também conta com Cuba e China e é sediado em Fukuoka -há outros três grupos espalhados por Taiwan, Estados Unidos e Porto Rico.

Os melhores das chaves avançam à segunda rodada, dividida em Tóquio e Miami.

As semifinais e finais ocorrem de 17 a 19 de março, em San Francisco, nos EUA.

O Brasil obteve em novembro passado uma classificação inédita para o evento, criado em 2006. Convidado para a eliminatória na Cidade do Panamá, o país tirou os favoritos Panamá e Colômbia.


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