Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Zé Roberto se 'arrisca' na volta à Superliga
VÔLEI
Técnico da seleção e do Campinas tenta derrubar favoritismo do Osasco em disputa por vaga na decisão
Técnico de vôlei mais vitorioso da história olímpica, José Roberto Guimarães tem agora a missão de tentar desfazer no Brasil uma supremacia que ajudou a construir.
De volta ao país depois de duas temporadas na Turquia, Zé Roberto assumiu o time de Campinas, que faz hoje, às 10h, o primeiro jogo do mata-mata (melhor de três) semifinal da Superliga feminina contra o Osasco, no ginásio do adversário.
Osasco x Rio foi a decisão do principal torneio do país bicampeão olímpico nas últimas oito temporadas.
À frente do Osasco por quatro anos, Zé Roberto foi tricampeão da Superliga.
Agora, diante de seu ex-time, o técnico diz que será muito difícil reverter o favoritismo do Osasco, que conta com cinco campeãs olímpicas em Londres-2012 -Fernanda Garay, Jaqueline, Adenizia, Thaisa e Sheilla.
"A diferença [entre as equipes] é grande. O Osasco tem jogadoras com experiência grande e um dos melhores times do mundo", afirmou Zé Roberto, acrescentando que as atuais campeãs da Superliga têm cerca de 80% de chance de avançar à decisão.
Ele diz que seu time vai precisar "correr risco".
"Mas você sabe que quem corre risco aumenta o número de erros", afirmou ele. "Não tem para onde correr."
Destaque do time, a búlgara Elisa Vasileva é a segunda maior pontuadora da Superliga e também reconhece a superioridade de Osasco.
"O time delas é muito forte e elas jogam em casa", afirmou a ponteira que faz sua primeira temporada no país.
No treino que comandou ontem em Osasco, Zé Roberto parou a movimentação diversas vezes para orientar o posicionamento defensivo, principalmente das ponteiras Elisa Vasileva e Pri Daroit.
"Não adianta virar para lá. A Sheilla vai atacar aqui. Ela faz assim, e não assim", dizia ele, mostrando o movimento da mão habitualmente usado por sua atleta na seleção. "É bola curta e corredor."
CONVIVÊNCIA
Zé Roberto disse que conhece bem as principais jogadoras rivais. "É normal isso. Convivi mais com elas do que com a minha família."
O técnico consegue até analisar o estado emocional de algumas atletas olhando seus gestos. "A Sheilla mexe muito no cabelo e olha para os lados e para o chão quando a situação não é boa."
Ele afirma, porém, que isso pode ter pouca valia.
"Essas jogadoras foram treinadas para serem versáteis e construíram um repertório técnico importante."
NA TV
Osasco x Campinas
10h Globo e SporTV