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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Em defesa própria

Tanto Kleina quanto Ney Franco assistem ao que se faz na Europa e reproduzem uma parte disso no Brasil

A razão de Ney Franco preservar três de seus titulares no clássico contra o Palmeiras é óbvia. Antes do jogo, já se perguntava o que poderá acontecer em caso de eliminação na fase de grupos da Libertadores. Quinta-feira, Arsenal x São Paulo é decisão. Razão justa para dar descanso a Jadson, Osvaldo e Fabrício.

Também havia motivos, bem mais questionáveis, para Gilson Kleina rechear seu time de volantes no primeiro tempo contra o São Paulo.

O mais importante deles era proteger Valdivia.

Não é um erro proteger o talento. José Mourinho escala Di Maria pela direita para fechar um lado do campo e liberar Cristiano Ronaldo do outro.

Alex Ferguson deixa Wayne Rooney no banco para aumentar a marcação e deixar Van Persie livre -opções estúpidas há em qualquer lugar do mundo.

Proteger o talento é justo.

E proteger Valdivia, é?

A interrogação permanecerá durante algum tempo, mas é necessário dizer que Valdivia está reagindo. Protegido, deu um lindo passe para Vinícius no primeiro tempo.

E, então, Gilson Kleina tirou um volante e escalou Patrick Vieira pela direita. Trocou seu 4-4-2 com duas linhas por um 4-2-3-1, quatro homens criativos.

Com mais talento do que apenas Valdivia, o time melhorou!

Quanto mais se diz que os técnicos brasileiros estão desatualizados, mais se copia o que se pratica na Europa. Duas linhas de quatro, com um volante aberto de um lado, um atacante de outro, era sistema pouco usual no Brasil. Pois foi assim que o Palmeiras jogou o primeiro tempo de ontem.

E assim o São Paulo se defendeu quando perdeu Lúcio. Só que Ney Franco não usou o sistema para se defender. Tirou um volante bom no desarme e preferiu Maicon a Wellington, porque o camisa 5 tinha cartão amarelo.

Tanto Kleina quanto Ney Franco assistem ao que se faz na Europa, reproduzem uma parte disso nos campos do Brasil.

Mas a adaptação dos sistemas de lá deve privilegiar a busca pelo gol, não a tentativa de evitá-lo. A cópia mais desejável é a do segundo tempo, com os jogadores mais criativos também fazendo funções de marcação. Melhor do que ter marcadores tentando também criar.

No clássico de ontem, o segundo tempo teve mais tentativa de criar do que de marcar.

Tirando a parte tática de lado, para que o São Paulo deveria se expor numa fase do Paulistão em que lidera e pode ficar em oitavo lugar?

E se você fosse técnico do Palmeiras, sabendo que o empate leva à zona de classificação e a derrota cria a ideia de que a eliminação é provável, você preferiria correr o risco e vencer ou defender-se e empatar?

Uma parte da insossa estratégia do primeiro tempo de ontem se deve aos técnicos da fórmula de disputa do Campeonato Paulista.

DUNGA CAMPEÃO

Dunga conquistou seu primeiro título como treinador de clube em sua cidade natal, Ijuí. Ele tem conseguido mostrar que seus principais jogadores confiam em seu trabalho. D'Alessandro tem jogado bem, Forlán está recuperando sua melhor forma e Leandro Damião vem fazendo gols.

NO CAMINHO

O jogo da semana é Barcelona x Milan. Pela primeira vez, após 13 jogos, o Barça não sofreu gol neste fim de semana, na vitória sobre o La Coruña. O treinador do Milan, Massimiliano Allegri, engana seu presidente, Berlusconi. O cartola quer três atacantes. Allegri escala os avantes para marcar.


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