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Denúncia é 'vergonhosa', afirma defesa de Rosell
OUTRO LADO
Advogado declara que não há documento falsificado
O advogado de Sandro Rosell no Brasil, Antenor Madruga, afirma que a denúncia é "irresponsável e vergonhosa". De acordo com ele, o atestado que comprova a capacidade da Ailanto, empresa do presidente do Barcelona, não é falso e a comprovação não era determinante para a contratação.
A defesa sustenta que o ponto central era a propriedade dos direitos da partida entre Brasil e Portugal.
"O governo contratou porque a Ailanto tinha o direito sobre o jogo. É uma questão de propriedade, não é porque ela tinha capacidade. Ou comprava os direitos ou o jogo não aconteceria", disse.
Madruga diz que a capacidade técnica era de Rosell, dono da Ailanto e da Bonus Sports, que emitiu o atestado de capacidade. "É indiscutível que o Sandro, a Bonus [outra empresa de Rosell] e, por consequência, a Ailanto tinham capacidade. O jogo foi um sucesso", disse, ao negar que o atestado seja falso.
O advogado, que também defende a outra sócia da Ailanto, Vanessa Precht, diz que a capacidade da empresa estava nas pessoas que trabalhavam nela. Afirma que a Ailanto foi montada para viabilizar a burocracia para a contratação de Rosell no Brasil. A Bonus é espanhola.
"Era mais fácil com uma empresa no Brasil. A empresa que fez o atestado e a Ailanto são 100% do Sandro."
A defesa do governador José Roberto Arruda afirma que não recebeu a denúncia. Mas diz que contratação foi legal, que a Ailanto tinha os direitos do jogo e, por isso, tratava-se de um caso de inexigibilidade de licitação. Para a defesa de Arruda, não houve "prejuízo ao erário ou má-fé".
O advogado Gustavo de Castro afirma ainda que o amistoso entre Brasil e Portugal em 2008 ajudou Brasília a ser sede da Copa-2014.
