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Quebra-cabeça com Rosely Sayão
Você tem medo de quê?
Crianças têm muitos medos e isso nem sempre é ruim
Toda criança tem medo de alguma coisa. Há as que têm medo de palhaço, por exemplo, sabia? Quem não tem acha isso ridículo. Mas quem tem não acha graça nenhuma porque, só de ver um palhaço de longe, dá tremedeira, vontade de chorar e de sair correndo.
Há também quem tenha medo do escuro. Ah, agora já estamos chegando mais perto da sua vida, não é? São muitas as crianças que têm esse medo.
Mas o que tem esse escuro, afinal, que dá medo em tanta gente?
O escuro tem sombras que deixam a gente enxergar coisas do outro mundo!
Igual à nuvem lá no céu que, quando a gente olha, parece um cachorro, um elefante, uma árvore, uma flor...
Mas tudo está em nossa imaginação e não nas nuvens. O mesmo acontece com o escuro.
Medo de cachorro, de inseto pequeno e de bicho grande, de ficar sozinho no quarto, de se perder da mãe, de olhar no espelho à noite, da loira do banheiro.... Há muitos medos na cabeça das crianças!
Alguns deles, elas superam quando crescem um pouco mais ou quando conhecem melhor o objeto do seu medo.
Medo de cachorro, por exemplo. Quando ele é manso de verdade, a criança respira fundo, se enche de coragem e vai, bem de mansinho, passar a mão nele. Depois disso, é só alegria, não é?
Só quem sente medo consegue criar coragem. Você já havia pensado nisso?
Para ajudar a criar coragem, pode desenhar as coisas que metem medo em você. Experimente, pode ser bem legal.
Mas, e se o cachorro não for manso, se ele for bravo? Ah! Aí é melhor continuar a ter medo dele.
Nessa situação, o medo protege a criança do perigo de ser mordida, por exemplo.
Olha que interessante: o medo permite criar coragem e protege do perigo. Pensando bem, sentir medo não é assim tão ruim, concorda?
"Quando estou sozinho e não saio correndo para acender a luz, sinto que estou enfrentando o meu medo de escuro e assim, aos poucos, ele diminui."
PEDRO HENRIQUE, 10
"Tenho medo de cobra porque, uma vez, quase encostei em uma enquanto andava de bicicleta. Mas acho que é bom, porque assim eu não me aproximo delas."
MARIA JÚLIA, 8
