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Folhinha

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Quebra-cabeça com Rosely Sayão

Histórias têm que ter final feliz?

Em um conto antigo, Berta, garotinha boa, é devorada por um lobo

Três crianças --duas meninas e um menino-- viajavam com a tia e, perto deles, estava sentado um homem com uma cara muito séria. Tão séria que ele até parecia antipático.

As crianças, você sabe como é, não paravam de falar. E o homem sentado ao lado parecia que queria sossego, pois a cara dele ia ficando cada vez mais séria. Antipática, pelo menos na opinião da tia.

Para tentar deixar as crianças quietas, ela resolveu contar a história de uma menina que era tão boa, tão boa, que fora salva do ataque de um touro furioso por pessoas que gostavam muito da bondade da moça. E os meninos se interessaram pelo conto?

Que nada!

"É a história mais idiota que já ouvi!", disse uma das meninas. "Parei de escutar logo no início, de tão idiota que era", disse o garoto.

E, aí, o homem de cara séria decidiu contar uma história para as crianças.

E ele começou a falar sobre Berta, uma garotinha extraordinariamente boa. As crianças perderam o interesse na hora, até que ouviram o homem dizer que Berta era uma garotinha horrivelmente boa.

Pronto: a partir desse momento, as crianças ficaram superinteressadas, porque a palavra "horrivelmente" não costuma acompanhar a palavra "boa", não é?

Quer conhecer a história de Berta, a garotinha horrivelmente boa que foi devorada por um lobo porque não foi salva por ninguém? Então você precisa ler o livro " O Contador de Histórias", escrito por Saki.

Você acha que esse autor conhece melhor as crianças de hoje, que não curtem muito essas histórias melosas em que só tem gente boa, final feliz, ninguém morre, essas coisas?

Saiba que ele nasceu em 1870 e morreu em 1916!

É, Saki não escrevia para os fracos. Ele escrevia para os fortes. E crianças como você são fortes, não são?

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frases

"É bom quando a história tem um final feliz, mas, com um vilão carismático, o livro fica mais divertido. Às vezes, eu até torço para o vilão."
VINÍCIUS, 13

"Li a última coluna da Rosely Sayão e fiquei pensando a meu respeito. Fui adotado e isso nunca foi esclarecido. Sempre fica uma "pontinha" de dúvida."
MARCELO (nome fictício)

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