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TV Cultura tenta se adaptar à era do "consumidor de telas"
Emissora aposta na interatividade para aumentar audiência
"A palavra telespectador está ficando demodée. Precisamos nos preparar para essa nova geração de consumidores de telas, sejam elas quais forem", diz o vice-presidente de Conteúdo da TV Cultura, Eduardo Brandini.
Essa conclusão deu à programação 2013 da emissora foco na interatividade e tirou de moda na Cultura o que já foi um de seus paradigmas -o objetivo de ajudar a formar o gosto do espectador.
"No século 21, não se fala em ensinar [via TV]. O objetivo é oferecer diversidade", afirmou João Sayad, presidente da Fundação Padre Anchieta (controladora da Cultura), ontem, ao anunciar novidades da grade de 2013.
A introdução de uma "segunda tela" com informações adicionais ao programa em exibição é uma delas.
Atrações como o game "Quem Sabe, Sabe", um sucesso dos anos 1980 "totalmente repaginado e tecnológico, para arrasar", nas palavras da apresentadora Gabriela França, visam fechar a lacuna da grade entre o público infantil e o jovem.
Sayad anunciou aumento de 11% de audiência em 2012 e a meta de crescer 20% neste ano. " Isso num mercado em queda", observou. "Há quem ache que a internet está roubando audiência da TV", citou Brandini. A Cultura decidiu aliar-se à rede em vez de tentar vencê-la.