Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Toro Y Moi vai apostar na mistura de gêneros
Nome forte da "chillwave", Chaz Bundick traz ao Jockey Club trabalho mais balançado
Toro Y Moi é um dos nomes de ponta da "chillwave", estilo mais tranquilo, minimalista e reflexivo, embora dançante, da música eletrônica. Vai tocar amanhã, às 14h30 do Lollapalooza Brasil 2013, no palco Cidade Jardim.
A "banda" é, na verdade, o nome atrás do qual se abriga o cantor, compositor, músico e produtor americano Chazwick Bundick, 26, seguidor dessa tendência eletrônica com influências de bandas oitentistas como Depeche Mode, Human League e OMD, entre outras.
Chaz, que virá ao Brasil pela segunda vez -tocou no Planeta Terra de 2011-, terá a seu lado mais três músicos. Ele se incumbirá dos teclados e dos vocais e afirmou, em entrevista à Folha, por telefone, que contemplará o repertório de seus três discos, incluindo o mais recente, "Anything in Return".
"Acho divertido tocar em festivais. Em termos musicais, procuro misturar boas melodias e boas batidas, o equilíbrio entre esses dois elementos é o que busco concretizar no meu trabalho, sempre."
Embora admita a influência do pop eletrônico britânico dos anos 1980 em seu trabalho, o líder do Toro Y Moi se diz aberto a diferentes tendências musicais, sem se limitar a um único rumo.
"Gosto de grupos de rock como Pavement e Weezer, do músico brasileiro Sergio Mendes, de vários artistas de bossa nova e da cantora Cherrelle. Procuro ouvir de tudo."
TRÊS ÁLBUNS
O Toro Y Moy lançou seu primeiro álbum em 2010 ("Causers of This") e logo se tornou bastante badalado entre fãs de música eletrônica.
"Underneath The Pine" (2011) manteve o projeto em alta. Músicas como "Left Alone at Night", "I Will Talk to You" e "So Many Details" são bons exemplos do som criado por Chaz.
"Anything in Return" atingiu a posição de número 60 na parada americana e é definido pelo produtor como um disco mais "funky" (balançado) do que os anteriores, com uma pegada que o aproxima do rhythm & blues moderno, mas do seu jeito.
De mãe filipina e pai afro-americano, Chaz diz gostar de diversificar seu trabalho.
"Sou músico, produtor, cantor, compositor e tenho meu próprio estúdio em casa. Gosto de todas essas funções, e também de produzir outros artistas." (FC)