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Crítica Circo

Com belas imagens, "Corteo" une onírico e tradição circense

KATIA CALSAVARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com uma proposta teatral e onírica, a trupe canadense Cirque du Soleil traz ao Brasil o espetáculo "Corteo" (que significa "cortejo", em italiano), criado em 2005, em Montréal. É a quinta vez que a companhia excursiona pelo país, o que começa a dar ao público brasileiro uma dimensão mais global de seu trabalho.

O que "Corteo" teria de diferente dos outros espetáculos já apresentados por aqui ("Saltimbanco", "Alegría", "Quidam" e "Varekai")?

A experiência cênica do diretor ítalo-suíço Daniele Finzi Pasca, da companhia Teatro Sunil, reflete-se em uma profícua criação de belas imagens. O talento de Finzi Pasca já foi conferido algumas vezes no Brasil em peças elogiadas como "Donka - Uma Carta a Tchekhov" e "Ícaro".

Em "Corteo", Pasca foca nos delírios de um palhaço em seu leito de morte para conduzir os números circenses. A cena inicial, que mostra o personagem rodeado de pessoas que fizeram parte de sua vida, dá a dimensão onírica que irá permear todo o show. Não faltam camas, bicicletas e anjos, todos voadores, é claro, nessa espécie de celebração da vida.

Seguem a partir daí números que não podem faltar em qualquer espetáculo circense -trapézio, malabares, corda-bamba, liras, bailarinos e outros. Ainda no início, quatro mulheres dançam em lustres imensos, em uma das imagens mais marcantes de "Corteo".

No entanto, se a proposta é focada no sonho clownesco, a presença desse personagem se perde no decorrer do espetáculo. Espera-se mais números de palhaço, o que não acontece. Falado em italiano, inglês, francês e português, por vezes fica difícil compreender nossa língua. Ainda bem que as imagens falam por si mesmas.

O casal de anões artistas Valentyna e Grigor Pahlevanyan rouba a cena em momentos, como quando balões gigantes conduzem a graciosa Valentyna às mãos do público.

O cenário e o palco em 360 graus favorecem o clima de encantamento idealizado por Finzi Pasca. Agora, os brasileiros já sabem que a fórmula certeira do Cirque precisa de um toque a mais para se renovar. Basta esperarmos por "Ovo", da brasileira Deborah Colker, previsto para 2015.


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