Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Diretor pede a atores que sejam 'eles mesmos'

DO ENVIADO A CURITIBA

De maneira sintética, a atriz Renata Sorrah define a Companhia Brasileira de Teatro como "um grupo que não pretende ser moderno".

Para qualificar dessa forma o conjunto de poucos integrantes (incluindo-se aqui o cenógrafo Fernando Marés), a atriz leva em consideração, principalmente, a condensação cênica que marca a identidade traçada pelo diretor da companhia, Marcio Abreu.

Não se trata exatamente de uma contraposição aos excessos do experimentalismo, mas o trabalho do grupo faz, sim, um tipo de retorno à, como diz Sorrah, "potência da palavra".

Em conversa sobre "Esta Criança", Abreu diz que uma de suas principais buscas é "compreender o que há entre a dramaturgia e a direção", sem pender para nenhum dos lados. "O que há entre esses dois campos?", pergunta o diretor. "E como fazer para torná-los indissociáveis?"

O trabalho do ator, conclui, é fator determinante nesta ponte. Daí surge um outro traço: segundo Sorrah, durante os ensaios, Abreu pede basicamente para que os intérpretes "sejam eles mesmos".

Existe ainda, no trabalho da companhia, uma despreocupação em estudar os personagens psicanaliticamente, mesmo em um texto como "Esta Criança", que mergulha no universo das relações entre pais e filhos.

"As cenas são situações condensadas e ponto", diz Abreu.

Essa economia do debate temático aproxima o fazer teatral do grupo à música. É algo que vem de suas primeiras peças, como "Suíte 1" (2004), de Philippe Minyana, quase um concerto de câmara.

Mais recentemente, "Oxigênio" (2011), que tinha músicos em cena, e "Isso Te Interessa" (2012) se aprofundaram na questão. Os movimentos de um lustre ou de uma bolinha em cena revelam marcações precisas, como se resultassem de uma partitura musical.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página