Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Em sua segunda visita ao Brasil, Regina Spektor toca em SP e no Rio

Em entrevista, cantora russo-americana analisa sua carreira e fala de seu amadurecimento

Pianista, que fez show em 2010 no festival SWU, tem seis álbuns de estúdio e cerca de cem canções gravadas

MIGUEL MARTINS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Foi-se o tempo em que Regina Spektor tinha inseguranças sobre seu ofício. A compositora, hoje com 33 anos, tinha medo de, após terminar de escrever uma canção, jamais conseguir fazer outra.

"No começo da minha carreira, eu pensava assim. Mas, após tantos anos compondo, você aprende a confiar em si", diz Spektor, em entrevista à Folha por telefone. "Se você decidiu ser um artista e isso é o que você é, então você será sempre criativo."

Com uma carreira de seis álbuns de estúdio e cerca de cem canções gravadas, a cantora e pianista nascida em Moscou e criada desde os nove anos em Nova York desembarca no Brasil para shows em São Paulo, hoje, e Rio de Janeiro, amanhã.

Em sua segunda vinda a São Paulo, Regina troca o palco de um grande festival -ela fez show no SWU em 2010- pelo do Credicard Hall.

"Estava um frio de congelar [no SWU], mas eu amei, festivais são locais de grande devoção à música", lembra. "Mas, quando o show é seu, você não precisa se preocupar com o tempo, você faz tudo no seu ritmo."

Para as apresentações no Brasil, Regina ainda não decidiu que músicas farão parte do set list. Sem previsão para um sétimo álbum, a cantora, porém, garante que não deixa as cifras e partituras de lado. "Estou sempre compondo, nunca paro."

Em 2001, ela lançou seu álbum de estreia, "11:11". Sua carreira só deslancharia com o terceiro disco, "Soviet Kitsch", expressão emprestada do escritor Milan Kundera, que a criou para definir a estética comunista da antiga União Soviética.

Lançado originalmente de forma independente, o álbum passou a ser distribuído pela Sire Records, da Warner Music Group, em 2004.

"Acho que, por vários motivos, 'Soviet Kitsch' foi o mais importante [da minha carreira]", afirma Regina. "Eu ainda estava encontrando a minha voz nos outros discos. Esse foi o primeiro em que eu tinha realmente consciência de estar fazendo um álbum."

Foi com o hit do disco, "Us", que Regina conquistou fãs famosos, como o presidente americano Barack Obama. Em maio de 2010, ela, que tem ascendência judaica, se apresentou na Casa Branca em homenagem ao "Jewish American Heritage Month" (mês que celebra a herança cultural judaica nos EUA).

Com a ascensão da cantora ao "mainstream" em 2004, vieram também os rótulos. Na época, sua música foi chamada por alguns de "anti-folk", expressão que ela ainda ouve (e desgosta) até hoje.

"Minha música vai para todos os lados. Pensando nos Beatles ou no Radiohead, as pessoas nem se arriscavam a rotulá-los, porque eles mudaram muito. Eu também estou sempre mudando."

Se "Soviet Kitsch" foi o disco mais importante, o preferido é o atual, "What We Saw From the Cheap Seats", de 2012. "Espero que eu sinta o mesmo com o próximo", diz.

REGINA SPEKTOR
QUANDO hoje, às 21h30
ONDE Credicard Hall (av. das Nações Unidas, 17.955; tel. 0/xx/11/4003-5588)
QUANTO entre R$ 90 e R$ 400
CLASSIFICAÇÃO 14 anos (ou a partir de 12, com responsável legal)


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página