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Casa de cultura ainda espera ajuda governamental

DE SÃO PAULO

A casa em que Stefan Zweig e sua mulher, Lotte, viveram em Petrópolis, entre 1940 e 1942, foi comprada em 2006 por um grupo de admiradores do escritor austríaco.

No ano passado, foi inaugurada a Casa Stefan Zweig (CSZ), centro cultural dedicado à memória do escritor e de outros refugiados no Brasil.

Lá estão uma cópia da máscara mortuária de Zweig, feita por um artista de Petrópolis horas depois das descobertas dos corpos, e uma reprodução da carta que Zweig deixou. O projeto, capitaneado pelo jornalista e biógrafo Alberto Dines, não recebeu ainda uma ajuda financeira oficial.

A CSZ foi incluída no edital 15/2012 da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, mas a verba ainda não foi disponibilizada.

"A Casa Stefan Zweig espera receber ainda neste mês a primeira parcela dos R$ 250 mil que permitirão ampliar a oferta cultural na casa", afirma Kristina Michahelles, tradutora de Zweig e uma das responsáveis pelo local.

A CSZ fica aberta ao público de sexta a domingo, das 11h às 17h. Está em cartaz até julho a exposição sobre o livro "Brasil, um País do Futuro", além da exibição de filmes como "Os Últimos Dias", que reconstitui os meses que Stefan Zweig e Lotte passaram na casa, e "Xadrez", sobre novela homônima.

"A casa funciona três dias na semana, mas talvez passe a funcionar só dois por falta de recursos. Precisamos pagar os funcionários por cada dia em que ela fica aberta, se não tivermos condições, vamos ter que fechar as portas em um desses dias", conta Dines. "Só ajuda financeira de pessoas físicas, que contribuem de forma extraordinária."

Michahelles diz que a ideia é que a CSZ tenha pelo menos uma exposição nova por ano.

"Temos planejadas mostras sobre o expressionista judeu alemão Wilhelm Wöller (1907-1954), exilado no Brasil, cuja arte foi considerada degenerada' na Alemanha, e outra sobre Giuseppe Mario Germani (1896-1978), italiano que Zweig salvou de ser morto pelo fascismo de Mussolini", diz ela.

EDIÇÃO DE LIVROS

Além das obras que estão sendo lançadas por editoras comerciais, a Casa Stefan Zweig planeja editar algumas obras escolhidas do escritor.

Entre elas estão "Xadrez", novela escrita por Zweig em Petrópolis, a autobiografia "O Mundo que Eu Vi", a biografia "Joseph Fouché - Retrato de um Homem Político" e "Coleção Invisível", conto do austríaco foi adaptado para o cinema pelo diretor francês radicado na Bahia Bernard Attal --último trabalho do ator Walmor Chagas (1930-2013).

A CSZ pretende ainda lançar uma conferência inédita de Zweig feita no Rio em 1936, e uma edição fac-símile da agenda do escritor austríaco encontrada na casa em Petrópolis, com a qual serão editados comentários de Dines sobre a relação de Zweig com os nomes citados pelo escritor em sua caderneta.


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