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Após estourar, Kurt Vile lança quinto álbum

Cantor americano classifica seu novo disco, "Walkin on a Pretty Daze", como "épico"

CARLOS MESSIAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um dos momentos de maior provação na carreira de um músico de sucesso é o "desafio do segundo disco".

Já para o cantor, guitarrista e compositor americano Kurt Vile, 33, será seu quinto álbum, "Walkin on a Pretty Daze", lançado há uma semana no exterior (sem previsão de sair no Brasil), que vai dizer se ele conseguirá sobreviver ou não ao hype.

O novo trabalho é o sucessor de "Smoke Ring for My Halo" (2011), que à época gerou muito burburinho e figurou nas principais listas de melhores discos do ano.

Ao mesmo tempo em que o lançamento traz o clima intimista e desencanado que se tornou marca registrada do artista americano, o novo álbum conta com canções um tanto ambiciosas.

"Alguns arranjos exigiram muito trabalho, outros surgiram por meio da experimentação. Nunca declarei quero fazer um disco épico', apenas fui por onde a música me levou e o que você escuta é o resultado disso", expõe Kurt Vile, em entrevista por telefone à Folha.

O adjetivo "épico" é usado não por pretensão, mas porque muitas das canções do seu quinto trabalho têm uma qualidade superlativa, com diferentes dinâmicas e texturas, que remetem ao rock clássico dos anos 1970 que o músico cresceu escutando.

Os dois primeiros álbuns de Kurt Vile, lançados em 2008 e 2009, foram basicamente compilações de suas demos caseiras, que haviam sido originalmente distribuídas em CD-R.

Por isso, o músico é sempre associado ao "lo-fi", processo de gravação de "baixa fidelidade", que acabou se tornando uma estética característica do rock independente na década de 1980.

Em "Walkin on a Pretty Daze", o cantor se distancia ainda mais desse movimento. Para isso, contou com a ajuda do engenheiro de som John Agnello, com quem já havia trabalhado em "Smoke Ring for My Halo".

"O disco foi produzido por mim e pela minha banda [The Violators]. O John tem um ótimo ouvido, grande conhecimento técnico, e fez com que o álbum soasse mais profissional. Mas ambos os processos de gravação [caseiro e em estúdio] têm seus méritos."

PSICODELIA E MACONHA

Além do aspecto intimista, outra qualidade marcante na identidade do músico é o clima "viajandão" de suas canções. "Isso vem de ter ouvido muita psicodelia dos anos 1960 e 1970 e de ter usado muita maconha quando eu era mais novo. Hoje fumo muito raramente, tendo a ficar paranoico", revela Vile.

Ainda assim, ele diz ter descoberto uma substância poderosa no ano passado, quando passou pelo Brasil abrindo os shows do americano Thurston Moore. "Fiquei viciado em açaí. Me fez sentir como se eu fosse o Super-Homem."


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