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De formação erudita, Luê estreia em CD pop

Selecionada em edital, cantora paraense lança o disco "A Fim de Onda" em São Paulo

DE SÃO PAULO

Cria de um caldeirão fervilhante de ritmos e gêneros, a cantora, compositora e instrumentista Luê, 24, é a bola da vez da música paraense. Contemplada pelo edital do Natura Musical, ela lança hoje, no Tom Jazz, em São Paulo, seu primeiro disco, batizado de "A Fim de Onda".

Nascida em uma família musical --filha de Júnior Soares, do tradicional Arraial do Pavulagem, e que tocou violão na faixa "Cavalo Marinho"--, ainda criança ela pegava duas varetinhas para brincar de maestrina.

Aos nove anos, os pais a colocaram no conservatório Carlos Gomes, em Belém (PA), para estudar violino. A influência da música erudita foi ainda absorvida pela experiência na Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFPA (Universidade Federal do Pará).

"Eu amo Bach e nunca parei de escutar música clássica. Lembro que viajava de carro com meus pais e também ouvia no rádio Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Clube da Esquina, Novos Baiano, Pink Floyd, Led Zeppelin, The Police. Meu pai foi muito importante por me mostrar esses sons", diz Luê.

Sem abandonar o violino, aos poucos a jovem foi se interessando pela rabeca, também tocada por ela em seus shows. Agora, o passo é maior, e ela faz sua estreia fonográfica como cantora.

"Sempre tive dificuldade com o palco, sempre fui muito tímida. Quando você canta, dá a cara a tapa."

Com produção de Betão Aguiar, "A Fim de Onda" teve suas gravações divididas entre Belém e São Paulo.

Com uma série de participações, o disco mistura estilos paraenses com uma sonoridade pop. Do time do Pará, aparecem Manoel e Felipe Cordeiro (em "Sei Lá"), a dupla instrumental Strobo (em "Cavalo Marinho"), Felix Robatto e Pio Lobato (em "Onde Andará Você"), além das composições de Alípio Martins e Ronaldo Silva.

O pai dela assina ainda o tema "Nós Dois", em parceria com Ronaldo Silva. Felipe Cordeiro contribuiu tocando em "Se Colar", que também tem participação do Trio Manari na percussão.

"Sempre ouvi vários ritmos, como carimbó, guitarrada, que têm muita influência da música caribenha. Tinha a preocupação de que não fosse um disco regional, queria acrescentar uma linguagem mais pop", diz Luê.

Dos músicos residentes em São Paulo, gravaram no disco nomes como Edgard Scandurra, Pupillo, Curumin, Guizado, Regis Damasceno e Zé Nigro, entre outros.

Além de cantar e tocar rabeca, Luê mostra também suas primeiras composições. São dela as faixas "Se Colar" (dividida com Felipe Cordeiro e Betão Aguiar) e "A Fim de Onda" (parceria com Betão e Arnaldo Antunes).

"Tudo é muito recente na minha carreira. Não me vejo só como compositora, adoro interpretar músicas que não são minhas, acho importante essa liberdade", explica.

No show, dirigido por Felipe Cordeiro e Betão Aguiar, Luê será acompanhada por Cordeiro e Caetano Malta (guitarras), Klaus Sena (baixo) e Artur Kunz (bateria).


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