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As meninas

90 anos de Lygia Fagundes Telles e eventos em torno de Hilda Hilst celebram dupla de amigas que abriram caminho para as mulheres nas letras

DE SÃO PAULO

A literatura ainda só usava calças compridas --e as mulheres só usavam saias-- quando as duas apareceram no então provinciano cenário das letras nacionais.

Cada uma à sua maneira --uma, moça comportada e narradora de corte clássico; outra, desbocada e prosadora de viés experimental--, elas abriram caminho para as mulheres brasileiras na carreira literária, sem terem feito concessões ou se dobrado a uma ficção "feminina" de duvidosa qualidade.

Lygia Fagundes Telles chegou ontem aos 90 anos ainda na ativa e com sua obra "arrumadinha" em uma coleção da Companhia das Letras, editora para a qual acaba de transferir a obra de seu marido, o crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes, morto em 1977.

"Recuperar a imagem do que foi, mas que ficou para sempre, é o esforço bem logrado da prosa ardente de Lygia Fagundes Telles", anotou o crítico Alfredo Bosi num famoso texto de 1976.

Já Hilda Hilst, morta em 2004, aos 73 anos, completaria 83 anos amanhã e atinge agora uma nova onda da projeção que sempre sonhou, mas não viveu para gozar.

Editada com rigor pela Globo, que lança no fim do mês um volume de entrevistas, a poeta é um hit dos estudos literários, tem dois filmes baseados em sua obra sendo produzidos e ganha traduções no exterior. Além disso, a Casa do Sol, onde morou, terá agora um teatro de arena.

Díspares e complementares, a "dama" e a "vagabunda" das nossas letras têm vida e obra revisitadas pela "Ilustrada".


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