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Na Casa do Sol, Hilst deixou material para 4 obras

DA COLUNISTA DA FOLHA

A casa em estilo convento colonial onde Hilda Hilst passou mais da metade da vida, em Campinas (SP), é cercada de histórias famosas.

Teve como morador o escritor Caio Fernando Abreu. Possui no quintal uma figueira que, segundo dizem, realiza desejos, além de uma mesa de mármore cujo tampo original foi quebrado, décadas atrás, com o peso de Jô Soares, outro amigo de Hilda.

Foi lá que ela criou obras como "Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão" (1974), cujas iniciais remetiam à paixão platônica por Júlio de Mesquita Neto (1922-1996), diretor de "O Estado de S. Paulo".

E onde, antes de E.L. James e com bem mais talento, criou a trilogia erótica que lhe garantiu mais atenção que vendas nos anos 1990 ("O Caderno Rosa de Lori Lamby", "Contos d'Escárnio/Textos Grotescos" e "Diário de um Sedutor").

Nos últimos meses, foram localizados ali um livro infantil, poemas, desenhos e textos em prosa, material para ao menos quatro novos livros.

Após a morte de Hilda, em 2004, a casa demorou a virar o que é hoje o Instituto Hilda Hilst. Havia pendências --a maior delas, uma dívida de IPTU, desde 1990, que em 2011 superava R$ 3 milhões.

Tombada em 2011, a casa teve a dívida renegociada e quitada no mês passado.

Num pátio interno, estreia amanhã, só para convidados --com o monólogo "Jozú, o Encantador de Ratos", da atriz Carla Tausz--, um teatro de arena, construído com cerca de R$ 12 mil arrecadados via crowdfunding ("vaquinha" virtual). É um teatro simples, com bancos de madeira. Já tem programação para os próximos meses.


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