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Para diretor, "Homem de Ferro 3" traz herói mais denso e masculino

Protagonizado por Robert Downey Jr., longa tem terrorismo e atentado ao presidente dos EUA

Cineasta Shane Black compara personagem a caubói que encarna ideal americano do individualismo

ADRIANA KÜCHLER ENVIADA ESPECIAL A LOS ANGELES

O novo filme do "Homem de Ferro" tem "timing": trata de geopolítica e de terrorismo, tem um atentado ao presidente dos Estados Unidos e até um vilão antiamericano.

Mais importante que isso, tem Robert Downey Jr., que, independentemente da trama, é engraçado e sedutor como nunca (ou como sempre).

Downey Jr. interpreta novamente o super-herói moderno, bilionário e playboy Tony Stark, que já assumiu sua persona Homem de Ferro e agora vive um relacionamento sério com Pepper Potts (Gwyneth Paltrow).

Mas enfrenta problemas com suas armaduras, é ameaçado por um vilão enigmático, o Mandarin (Ben Kingsley, uma atração à parte), e sofre de crises de ansiedade. O terceiro "Homem de Ferro" é mais político, mas também mais humano, masculino e tenso, dizem os envolvidos.

"É mais tenso, sem ser dark'. Algumas pessoas acham que Homem de Ferro' é uma comédia, mas não considero que um comboio sendo bombardeado no Afeganistão seja particularmente hilário", diz Downey Jr., 48, à Folha, arrancando risadas involuntárias, com um jeito que a toda hora se confunde com o de seu Tony Stark.

Outra novidade é a chegada do diretor e corroteirista Shane Black, que dirigiu Downey Jr. em "Beijos e Tiros" (2005), primeiro filme de destaque do ator no pós-"rehab".

Amigo do ator, Black era uma espécie de consultor ("sem salário", ressalta) nos primeiros filmes da série. Hoje, se orgulha de poder dizer a ele: "Ok, você é uma estrela. Agora, senta e trabalha".

Black tem toda uma teoria para explicar por que seus conterrâneos são tão apaixonados por Downey Jr. (ex-junkie decadente e hoje símbolo de sucesso) e por seu alter ego, Tony "Homem de Ferro" Stark. "Nós, americanos, amamos homens que são imaturos, brincalhões", diz.

"O retrato que ele faz de Tony Stark é a figura do caubói, que desafia a autoridade e é essencialmente individualista. É o ideal americano daquilo em que queremos acreditar", completa.

Seu Homem de Ferro é "mais tenso, mais masculino", diz Black. "E é muito difícil fazer isso num filme de super-heróis porque eles sempre usam roupas colantes. O nosso herói veste uma peça tecnológica. Nesse filme, tiramos a tecnologia e damos umas porradas nele. E isso é legal. Ele não está usando uma cuequinha."


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