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DJ que tocou para Andy Warhol e Madonna se apresenta hoje em SP

Ex-residente de clube de NY, Justin Strauss era o preferido de artistas como Keith Haring

Misturando techno, new wave e house, produtor influenciou artistas como LCD Soundsystem e a banda Goldfrapp

DANILA MOURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pode não parecer, mas existe algo em comum entre Beyoncé, The B-52's, Tina Turner, Red Hot Chili Peppers, Debbie Harry, Devo, Two Door Cinema Club e Depeche Mode.

Todos já tiveram sucessos produzidos ou remixados pelo norte-americano Justin Strauss, 56, que toca hoje, pela primeira vez no Brasil, na festa Selvagem.

Dono de um currículo musical impressionante, Strauss trabalhou em mais de 200 discos nos últimos 30 anos.

Com pitadas de house music e techno, e leves acordes da new wave oitentista, é possível reconhecer as influências do produtor nos sintetizadores hipnóticos de "Dance Yrself Clean", clássico do grupo LCD Soundsystem. Ou nas batidas psicodélicas com pegada disco de "Ooh La La", hit da banda Goldfrapp.

Em cada música embalada por Strauss há a marca das pistas de dança.

Residente do Mudd Club, em funcionamento entre 1978 e 1983, foi no lendário clube de Nova York que Strauss cultivou a alma de boate.

"Eu estava em uma banda de glam-rock [Milk n'Cookies] quando minha namorada falou para eu tocar no Mudd. Tremia de nervoso, mas fiquei apaixonado por aquela sensação", conta Strauss.

A tremedeira tinha motivo. Do toca-discos dava para ver boa parte da cena artística de NY na época. Andy Warhol, David Bowie, Allen Ginsberg, William Burroughs e Lou Reed eram frequentadores. Madonna também bateu ponto lá.

"Conheci Keith Haring porque ele era curador de um espaço no clube, que ajudou a despontar talentos como Jean-Michel Basquiat", diz.

A amizade rendeu uma homenagem. Keith Haring fez um retrato de Strauss, que tocou durante o encerramento da retrospectiva do pintor no Brooklyn Museum em 2012.

"Naquela época, Nova York tinha uma noite criativa. As pessoas se misturavam", diz.

"Hoje a cena se divide em grupos diferentes, gasta-se fortunas, acabou aquela vibe'. Festa boa é quando gays, héteros, roqueiros e todo tipo de gente se diverte sem se preocupar com blá-blá-blá."


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