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Roger Waters diz que sua ópera não tem nada de rock

'Ça Ira - Há Esperança' será montada pela segunda vez no Brasil na quinta

'É uma sinfonia pop para orquestra', diz ex-integrante do Pink Floyd sobre partitura criada entre 98 e 2005

GUSTAVO FIORATTI DE SÃO PAULO

Não tem nada a ver com rock, deixou claro o baixista Roger Waters em entrevista que concedeu ontem em São Paulo sobre sua ópera "Ça Ira - Há Esperança", encenada pela segunda vez no Brasil.

Em 2008, houve uma montagem dirigida por Caetano Vilela em Manaus. Nesta quinta-feira, nova versão estreia em São Paulo com direção cênica assinada por André Heller-Lopes.

A rejeição ao rótulo vem de uma série de críticas sobre a incursão de Waters, ex-Pink Floyd, pelo universo da música clássica. "Na verdade, de rock essa obra não tem nada. Essa é um sinfonia pop para orquestra", diz.

Waters compôs a partitura, a partir de libreto original do francês Etienne Roda-Gil, entre 1998 e 2005. Allan Kozinn, do "New York Times", em crítica publicada em 2005, aponta que, analisada como ópera, a obra de Waters retorna a velhas formas, sem acrescentar nada original.

Em resposta, Waters diz não ser entusiasta da música erudita contemporânea ou moderna, gênero que ele considera "matemático demais". "Meu gosto pessoal tem mais a ver com o século 19", diz. O baixista cita Beethoven e Brahms como dois de seus compositores favoritos.

Isso explica parte da qualidade da partitura, melódica e essencialmente tonal, que agora encontra pela frente um time de cantores líricos brasileiros --as sopranos Lina Mendes e Gabriella Pace, a mezzo-soprano Keila de Moraes e os tenores Marcos Paulo e Giovanni Tristacci são alguns dos intérpretes. No concerto, também estão a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Lírico Municipal.

A regência é de Rick Wentworth, músico que deu suporte a Waters durante o processo de criação da partitura.


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