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Carlos Augusto Calil quer ser candidato ao comando da TV Cultura

Ex-secretário municipal de SP diz que entra na disputa a pedido de conselheiros

SILVANA ARANTES DE SÃO PAULO

O professor da Escola de Comunicações e Artes da USP Carlos Augusto Calil decidiu se candidatar à presidência da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura.

Até esse momento, apenas Marcos Mendonça, que presidiu a fundação entre 2004 e 2007, tem a candidatura oficializada.

A Folha apurou que Mendonça é o candidato do governador Geraldo Alckmin.

A candidatura de Calil foi proposta pelo conselheiro Roberto Teixeira da Costa, que defende a "inovação" na administração da TV.

Para que Calil oficialize sua candidatura, no entanto, ele precisa obter o apoio de oito conselheiros da fundação até o próximo dia 6 de maio, quando se encerra o prazo de inscrições para a eleição.

Calil foi presidente da Embrafilme de 1979 a 1986 e secretário municipal da Cultura de São Paulo entre 2005 e 2012, durante as gestões José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (antes, DEM, hoje, PSD).

O professor disse à Folha que aceitou aderir ao processo sucessório atendendo a pedidos de "conselheiros" da fundação, de colegas e de "funcionários da TV Cultura que não gostariam de retornar à experiência anterior [da gestão de Mendonça]".

Diante dos pedidos, Calil afirma ter se sentido "na obrigação de oferecer" seu nome ao conselho.

Mendonça afirmou ter achado "positivo" o surgimento de outro aspirante ao cargo. "Calil é uma pessoa muito bem preparada", disse.

Na manhã de ontem, os dois debateram suas propostas para a Cultura, numa reunião extraordinária do conselho que elegerá o próximo presidente da fundação no dia 13 de maio.

Calil ressaltou, segundo relatou à Folha, que "o nome da TV Cultura é cultura, portanto, a cultura tem que vir antes de tudo, em todos os aspectos".

Já Mendonça frisou, de acordo com seu relato, a necessidade de a Cultura construir uma "programação de qualidade voltada para as classes C, D e E", de incrementar sua abrangência no território brasileiro e de privilegiar a produção nacional.

"A TV Cultura hoje está com sua grade muito comprometida com produtos estrangeiros", afirmou.

Questionado pela Folha se avalia que seu adversário tem chances na eleição, Mendonça afirmou: "Não sei". Calil disse que tentará reunir nesta semana os oito apoios necessários à candidatura. "Mas se ficar só neste debate, já valeu",afirmou.

Conselheiros presentes ao debate ouvidos pela Folha o classificaram como "muito bom", mas evitaram apontar um vencedor.


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