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Após 30 anos nos palcos, atriz faz sua estreia em novelas

Premiada por atuação no teatro, Christiane Tricerri viverá escritora em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco

Na nova produção das 21h da Globo, que estreia no dia 20, ela será Vega, uma mulher elegante casada com Luis Melo

FERNANDA REIS DE SÃO PAULO

"Minha máxima agora é: fiz 30 anos de teatro e agora quero fazer 30 anos de televisão", diz a atriz Christiane Tricerri, definindo bem seu atual momento profissional.

Após três décadas nos palcos --com participações aqui e ali em minisséries--, ela faz sua estreia em novelas em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco, que estreia no dia 20 na faixa das 21h na Globo.

Na trama, Tricerri interpretará Vega, uma mulher elegante e ponderada, casada com o personagem de Luis Melo --Atílio, um administrador que terá um problema de amnésia que interferirá nos rumos da novela.

"A personagem é uma estrela", diz Tricerri. Segundo ela, o papel foi feito praticamente sob medida: Vega é uma escritora --"E eu cresci entre livros"--, a novela se passa em São Paulo --sua cidade-- e o texto de Carrasco lhe caiu perfeitamente.

"A gente se acostuma com o rigor do texto fazendo os clássicos no teatro, e o Walcyr tem esse texto bom na boca do ator. Não gosto de mexer no texto, ele também não."

TRAJETÓRIA

Tricerri fez sua estreia na televisão na minissérie "Anarquistas, Graças a Deus", de Walter Avancini, de 1984, que fazia paralelamente com a peça "Bella Ciao".

Ao fim do trabalho, conversou com Avancini, que lhe disse que poderia colocá-la em uma novela, se ela quisesse. Ele disse, contudo, que admirava a carreira dela no teatro e que a atriz deveria seguir esse caminho. Ela aceitou o conselho e, nas últimas décadas, ficou longe do palco por apenas dois anos.

Entre seus trabalhos no teatro --por grupos como Ornitorrinco e Oficina-- estão "O Doente Imaginário" (1989), de Molière, "A Comédia dos Erros" (1994) e "Rei Lear" (2001), de Shakespeare, e "Pagu Que." (2004), de sua autoria. Por "A Comédia dos Erros" foi indicada ao Prêmio Shell de melhor atriz, e por "Bella Ciao" foi premiada pela APCA.

"Há uns dois, três anos, comecei a querer fazer TV. Voltei a assistir novela, que via quando era adolescente", conta. Quando recebeu o convite de Carrasco para integrar "Amor à Vida", não hesitou. "Engavetei todos os meus projetos no teatro. Quero ficar livre para TV e cinema."

A vontade de mudar do palco para a tela foi, segundo ela, motivada pela vontade de falar com mais gente e de conhecer outra linguagem.

"A estrutura da novela me instiga, porque escrevo", diz. "Estou achando incrível que a novela seja como a vida. No cinema e no teatro você tem um começo, um meio e um fim. Aqui você não sabe."

Agora, a atriz quer dedicar o mesmo tempo que passou nos palcos às telas. "Sou uma cinquentona com corpinho de 38, então vou chegar aos 80 com corpinho de 68", brinca. "Tenho o frescor de uma iniciante. Estou exultante."


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