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Violência causa mal-estar entre PM e prefeitura

DE SÃO PAULO

Os seguidos arrastões provocaram durante a Virada Cultural um mal-estar entre o governo do Estado e a prefeitura. Frequentadores reclamaram de "falhas" no esquema de segurança e de uma demora de policiais militares no enfrentamento de criminosos que agiam no evento.

Representantes da prefeitura, organizadora da Virada, disseram ter recebido, ao longo da madrugada, relatos de uma suposta inércia de PMs.

Em dois arrastões presenciados pela Folha, logo após os crimes, era possível ver PMs concentrados perto de viaturas, que só saíam em busca de suspeitos após serem cobrados por vítimas.

Nos bastidores do show dos Racionais MCs, a Folha acompanhou o momento em que o coronel Reynaldo Rossi conversou com o prefeito Fernando Haddad.

Rossi negou a suposta indiferença da corporação em relação à segurança do evento e disse que a PM não se omitiu. Haddad respondeu: "Estamos tranquilos, tem um pessoal querendo fazer picuinha".

Mais tarde, à Folha, Haddad disse estar "muito preocupado". "Estamos averiguando, porque omissão é muito grave. Estamos fazendo um relatório para podermos falar com mais assertividade."

Organizadores da Virada disseram à reportagem, em conversas reservadas, que a omissão da PM visaria comprometer um "evento-vitrine" da gestão petista --criado pelo tucano José Serra, em 2005.

A reportagem apurou que há muitos PMs insatisfeitos com o prefeito por causa das mudanças na Operação Delegada, em que policiais atuam pagos pela prefeitura para conter comércio ambulante.

Para o coronel Rossi, comandante do policiamento na Virada, as ações da PM tiveram a "justa medida". "Não digo em sutileza nem em leniência. A sensação de ser vítima não é confortável para ninguém, mas gostaria de perceber o universo de vítimas dentro do universo de pessoas."


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