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Crítica

Filme de Manoel de Oliveira aborda os mistérios do amor

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

São muitas as "Singularidades de uma Rapariga Loura" (TV Brasil, 22h30), o curto e admirável filme que o cineasta português Manoel de Oliveira realizou em 2009.

Em primeiro lugar, há, nesta produção, o mistério da garota, linda e misteriosa em sua janela, que o jovem Macário contempla do outro lado da rua.

Uma imagem. Será mais que isso? Seu severo tio acha que sim: é uma miragem. Aliás, essa é sua opinião sobre qualquer casamento.

Mas Macário insiste. Será sua oportunidade de penetrar nos mistérios do comércio, da poesia e do amor.

De viajar por continentes e tempos diversos, de circular entre o Portugal de Eça, o moderno e o de Salazar.

De descobrir, afinal, que o mistério da amada não se dissolve facilmente. Nunca, pois é o mistério do amor.


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