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TV paga busca soluções sem subir preço

Diretor da Net diz que há 'um esforço de toda a indústria' para não repassar ao assinante custo da adaptação à lei

Operadora, líder do setor no país, lança hoje concurso para identificar novos roteiristas e projetos

DE SÃO PAULO

Fernando Magalhães, diretor de programação da Net (líder entre as operadoras de TV a cabo no país, com 5,4 milhões de assinantes), diz que há "um esforço de toda a indústria" para se adaptar às novas regras da Lei da TV Paga "sem repassar os custos" ao consumidor do serviço.

Encarecer ainda mais as assinaturas de TV a cabo poderia ser um tiro no pé de um setor que tardou a deslanchar no país. O ritmo de expansão da TV por assinatura patinou até 2007, quando apenas 5,3 milhões de domicílios no país possuíam o serviço.

Atualmente, são 16,8 milhões de assinantes --quase 28% dos domicílios com TV. A estimativa da Ancine (Agência Nacional do Cinema) é a de que o número cresça para 50% do total de domicílios em 2016.

CONTRIBUIÇÃO

A equação que hoje desafia as programadoras é como elevar a produção de séries nacionais com qualidade suficiente para não afugentar o espectador sem aumentar exponencialmente seus custos.

A Net decidiu oferecer "uma humilde contribuição nesse processo", diz Magalhães, lançando hoje a iniciativa NetLabTV.

Trata-se de um concurso para identificar bons roteiristas, que terão assessoria profissional para desenvolver e tentar vender suas ideias.

"Como estamos em 140 cidades do país e em todas as capitais, a meta é usar essa nossa capilaridade para identificar bons projetos e fazer a roda girar", diz o diretor.

Magalhães estima que a aprovação no NetLabTV irá funcionar como uma chancela de qualidade para os roteiristas e uma contribuição à tarefa de separar o joio do trigo para os canais.

"Imagine quantos projetos o Discovery recebe por mês. Você acha que eles terão tempo de avaliar um roteiro enviado por alguém de Belém?"

Os canais Discovery recebem em média 25 projetos por mês, segundo sua assessoria.

A promessa do NetLabTV é avaliar todos os projetos inscritos e selecionar 20 finalistas, dentre os quais sairão oito vencedores.

Além de um prêmio em dinheiro --R$ 16 mil para roteiros de ficção; R$ 8 mil para documentários--, os autores terão direito a consultoria de especialistas, num chamado "laboratório imersivo", em São Paulo. Os custos com transporte e estada de vencedores de outros Estados serão pagos pelo projeto (www.netlabtv.com.br), que tem outros parceiros em sua realização e benefício das leis de incentivo fiscal à cultura. O sonho do diretor de programação da Net é que "daqui a cinco anos a gente tenha um roteirista famoso revelado pelo laboratório". A ver.


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