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De-Phazz traz jazz pop eletrônico ao Brasil

Em primeira visita ao país, banda alemã é destaque do festival "Alemanha Groove", em São Paulo e Taubaté

Dez anos depois do planejado e com nove álbuns lançados, grupo toca com seis músicos em evento do Sesc

RONALDO EVANGELISTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Na virada do século havia toda uma cena de bandas europeias, definidas com gêneros como nu-jazz, eletrojazz, breakbeat ou downtempo, que criava seu som a partir de bases influenciadas pela house music, arranjos ou samples de sopros, vozes com toque de soul antigo, clima retrofuturista.

Os alemães do De-Phazz eram um dos principais nomes, e mais de uma década depois a banda segue na ativa e vem pela primeira vez ao Brasil, como destaque do festival "Alemanha Groove", dedicado ao jazz eletrônico contemporâneo do país.

"Em 2001 estávamos na gravadora Universal e quase fomos ao Brasil", lembra Pit Baumgartner, líder do De-Phazz, em conversa com a Folha.

"Mas aconteceu o 11 de Setembro em Nova York e a América se fechou, nossa chance sumiu. Será nossa primeira visita. Sua música foi uma inspiração muito grande. Quando comecei, costumava mixar bossa nova com drum'n'bass e música eletrônica."

Com nove álbuns produzidos desde 1997, o grupo lançou pelo próprio selo, Phazz-a-delic, seu trabalho mais recente, "Audio Elastique", em 2012. "Temos de tudo no show", comenta o líder.

"Apresentaremos uma mistura de temas instrumentais, faixas antigas e claro, novas canções."

O De-Phazz sobe ao palco com seis músicos (programações eletrônicas, bateria, baixo, saxofone e dois vocais) e um VJ. "Tocamos ao vivo com uma banda, gostamos da ideia de voltar à música humana", diz Baumgartner.

"Se soa bem, ainda usamos samples em nossa música. Mas odiamos nos repetir, então se parece com algo que já fizemos, não é o caminho que nos interessa. Se você ouve gravações dos anos 90, você sabe exatamente de quando é aquilo, já soa datado."

Era a época auge do pop eletrônico lounge, de baterias sintetizadas e trechos de antigos discos encontrados, recortados, repetidos. "Eu usava mais samples no começo da banda do que hoje em dia", nota o músico.

"A arte da colagem é algo difícil. Quanto mais diferentes as ideias, mais interessante juntá-las. Tento ir atrás dos discos de mercado de pulgas, coisas velhas, baratas, menos populares. Por isso gosto de samplear orquestras alemãs, tentando tocar ritmos latinos. É sempre muito engraçado."

E hoje, banda evoluída e mundo evoluído, cenas inventadas e desinventadas, como definir o som do De-Phazz? "Tem muitos elementos do jazz, mas mais como um feeling, o jazz às vezes é muito intelectual", equaciona.

"Amo música pop, gosto de criar imagens na música e na letra. Então acho que hoje o De-Phazz faz algo como jazz-pop adulto. Mas quem for ao show e ouvir é que me diga."


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