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Crítica

Comédia brasileira é solene exemplo do cinema mercantil

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

"Até que a Sorte nos Separe" (TC Premium, 22h) é mais um solene exemplo do cinema mercantil brasileiro: esse que não busca o sucesso por identificação com seu público, mas por diferenciação; em que tudo é cálculo e desprezo ao público.

Um pobretão ganha na loteria. Novo-rico, ostentatório, boçal, em poucos anos acaba na pindaíba. É quando entra em cena o vizinho caxias para ensiná-lo a lidar com dinheiro.

Ou, em reduzidas contas, trata-se de ensinar à chamada "nova classe C" como não desperdiçar seu dinheiro, como consumir responsavelmente, como reprimir-se e poupar o dinheiro ganho em vez de consumir conforme seu desejo.

Fosse no Estado Novo, ninguém estranharia se tal abacaxi fosse obra do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).


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