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Crítica - Sci-Fi

Uma gororoba para preencher espaços entre as explosões

ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA

Em tempos remotos, numa galáxia não tão distante chamada Hollywood, viviam seres cheios de criatividade e boas ideias: os roteiristas.

Hoje, esse povo foi substituído por androides, cuja noção de narrativa se resume a empilhar personagens caricatos em cenas com explosões e usar efeitos especiais e 3D para anestesiar plateias.

"Além da Escuridão - Star Trek", de J.J. Abrams, deve ter batido algum recorde intergaláctico de contagens regressivas: cada vez que o roteiro estacionava em uma cena, os roteiristas ""três!"" inventavam uma bomba-relógio ou algum dispositivo que ameaçava destruir o universo.

Fora a mania de "explicar" a periculosidade: "Se não desligarmos a rebimboca da parafuseta em cinco segundos, o Accelerator Tabajara vai liberar feixes de radiação rocambólica destruidora!"

OK, é só diversão. Mas, por US$ 180 milhões, seria demais pedir uma história minimamente divertida e não essa gororoba que preencher tempo entre as explosões?

Hollywood chegou audaciosamente a um lugar onde nenhum homem jamais esteve: onde a qualidade não importa, se você tem efeitos especiais e 500 mil salas para lançar um filme.


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