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No Peru, briga envolve autores mascarados

DE SÃO PAULO

Na primeira rodada, o Dr. Demente subirá ao ringue para enfrentar a Dama Coppelius. Já o "lutador" Nox terá de medir forças com El Mago del Miedo.

Eles são alguns dos 32 competidores do LuchaLibro, campeonato literário realizado anualmente no Peru.

Os participantes deste ano, cada um deles ostentando uma máscara de luta livre mexicana diferente, foram apresentados ontem num evento para a imprensa em Lima.

O inusual evento, que mistura improvisação literária com o universo da luta livre, foi criado em 2011 pelo publicitário e escritor Christopher Vásqueze e por sua mulher, a produtora Angie Silva.

Se a Copa da Literatura Brasileira é realizada entre livros de autores já experientes, no LuchaLibro só participam escritores inéditos. "Nosso objetivo é romper com a literatura pomposa e solene e revelar novos autores", diz à Folha Angie Silva.

O formato de todas as lutas é igual. Os dois competidores de cada batalha recebem três palavras, sorteadas na hora, e têm cinco minutos para escreverem um relato de ficção na qual elas apareçam.

A plateia acompanha ao vivo. Ao passo que são escritos, num notebook, os textos são projetados num telão.

Os jurados, entre eles escritores e jornalistas conhecidos no país, como Enrique Planas e Elda Cantú, escolhem o vencedor. O perdedor, tal como na luta livre, tira a máscara diante do público.

O campeão (o de 2012 foi "Ruido Blanco") ganha como prêmio o direito de publicar um livro pela editora que patrocina o evento, a Solar.

"Ele só mostra o rosto numa apresentação para a imprensa, na Feira do Livro de Lima", explica Silva.

Em sua terceira edição, a ser realizada de agosto a outubro com patrocínio da Prefeitura de Lima, os competidores foram escolhidos entre 200 inscritos no torneio.

O LuchaLibro também já ganhou uma versão internacional, em Tenerife, na Espanha. "Quem sabe não achamos um parceiro no Brasil", desafia Silva.


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