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Crítica - CD

Sem imagens, álbum expõe produção equivocada para quem nasceu no funk

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

A piada é machista, quase cafajeste, mas inevitável: o problema do álbum de Anitta é que ele não é um DVD.

É evidente que a música da cantora só serve para justificar a exibição corporal diante de fãs com hormônios ferventes, de ambos os sexos.

Sem as pernas à mostra, o que a moça canta é desprezível? Na verdade, não. É um produto musical inserido no atual pop nacional, como tantos. Apenas não faz a diferença, sob qualquer aspecto.

Sua voz tem um registro quase infantil, mas isso nunca chegou a ser grande problema para Britney Spears ou Christina Aguilera.

As letras são pobres, às vezes de mau gosto, mas outros "astros" brasileiros vendem milhões de discos com versos ainda mais rasteiros.

O imperdoável no caso de Anitta é que a música que produz não está colada à cena funk que a projetou.

"Anitta" é um álbum que tomou banho de estúdio. A moldura sonora exibe uma mistura sem sal de pop e dance, uma massa genérica que embala muitas cantoras por aí, de divas como Katy Perry e Claudia Leitte a esforçadas como Demi Lovato e Wanessa.

Faz as pessoas dançarem, claro. No caso de Anitta, faz também a própria dançar e remexer as curvas colossais.

Se Anitta tivesse mergulhado numa batida funk mais pesada, talvez suas músicas ganhassem alguma ousadia e deixassem de ser uma trilha sonora anódina para coreografias sensuais.


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