Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Amor por encomenda

Atrasada, série Amores Expressos rende mais 3 livros e 'DR' sobre limites da literatura por demanda

MARCO RODRIGO ALMEIDA DE SÃO PAULO

Nem tanto amor, nem tão expresso. Mesmo com problemas, o projeto literário Amores Expressos, que levou há seis anos 17 escritores brasileiros a 17 cidades do mundo para que escrevessem histórias de amor, ainda rende rebentos. E uma "DR": obra de encomenda é arte menor?

Mais dois livros da coleção acabam de chegar às livrarias: "Ithaca Road", de Paulo Scott, e "Digam a Satã que o Recado Foi Entendido", do colunista da Folha Daniel Pellizzari. O próximo, "Barreira", de Amilcar Bettega, será lançado no começo de agosto.

Com esses, a série chega a dez livros publicados pela Companhia das Letras, editora oficial do projeto (veja ao lado). Dos sete restantes, um foi recusado pela Companhia e saiu pela Rocco; outro, também recusado, está em negociação com outras editoras; e cinco estão sendo reescritos ou revisados, sem previsão de lançamento (veja na pág. E4).

O time do projeto, heterogêneo, misturava autores consagrados e jovens talentosos.

Mais do que amor, a iniciativa lançada em 2007 surgiu na cena literária como uma paixão arrebatadora, daquelas que causam ciúme, ressentimentos e acusações.

A ideia inicial do produtor Rodrigo Teixeira, criador do Amores Expressos, era angariar recursos via Lei Rouanet (mecanismo de captação de dinheiro com renúncia fiscal) para bancar parte da coleção, orçada em R$ 1,2 milhão.

SEM LEI

A possibilidade de financiamento público despertou a ira de escritores e blogueiros, que criticaram ainda a temática e o critério de escolha dos autores, que teria privilegiado amigos de Teixeira e do escritor João Paulo Cuenca, também idealizador da série.

Com a polêmica, Teixeira desistiu das leis de incentivo e, com dois sócios, financiou o projeto, reduzido a R$ 560 mil. Em troca, teria o direito de adaptar os romances para o cinema. O acordo estipulava que cada escritor teria um ano para concluir seu livro. "Nunca achei que demoraria tão mais que isso", diz Teixeira.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página