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Cinema literário

Coleção Folha Grandes Livros no Cinema leva às bancas, a partir de hoje, 25 filmes inspirados em obras literárias; no dia 25 sai '1984', de George Orwell

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um futuro pessimista escorre das páginas de "1984", obra mais conhecida de George Orwell. Nele, tudo conspira em favor do Grande Irmão, que personifica e dá cara ao Estado totalitário que domina os cidadãos da fictícia Oceania.

Desde o lançamento, em 1949, o livro ganhou enorme popularidade num mundo dividido pela Guerra Fria, marcado pela corrida armamentista e que tinha lembranças frescas dos horrores da Segunda Guerra Mundial e do stalinismo.

A primeira adaptação ao cinema veio rapidamente, já em 1956, sob a direção do britânico Michael Anderson. Essa versão está no terceiro volume da Coleção Folha Grandes Livros no Cinema, que vai às bancas no próximo domingo (25).

Anderson retrata uma Londres militarizada e policialesca, na qual o Grande Irmão (Big Brother, no original) assiste a tudo e a todos.

Ali, o Estado totalitário recorre à guerra permanente com a Eurásia como argumento para justificar a vigilância constante dos cidadãos, seus atos, pensamentos e discursos. Três lemas estatais explicam bem do que trata o sistema: "Guerra é paz", "Liberdade é escravidão" e "Ignorância é força".

Além de televisores que captam tudo o que acontece, a vigilância impede a realização de pequenas, mas importantes coisas, como a escolha da pessoa amada.

Nesse cenário de desolação, Edmond O'Brien interpreta Winston Smith, funcionário rebelado que ousa se apaixonar por Julia (papel de Jan Sterling). Uma relação complicada.

ASSISTA AO LIVRO

Chegam às bancas hoje os dois primeiros volumes da nova Coleção Folha Grandes Livros no Cinema. "Crime e Castigo", de Lev Kulidzhanov, e "Ricardo III", de Laurence Olivier, adaptam os livros homônimos de Fiódor Dostoiévski e William Shakespeare, respectivamente.

O tema da morte move as duas tramas. O primeiro, produzido na era soviética, usa poderosas imagens em preto e branco para retratar as dores morais de Raskólnikov, um jovem ex-estudante de direito que assassina uma velha agiota. Não menos claustrofóbica é a prisão de Ricardo 3º, irmão do rei britânico Eduardo 4º que, após a morte do rei, passa a se dedicar à eliminação de seus rivais.

A cada domingo, as bancas receberão um filme inspirado em uma obra literária, da lavra de autores como Goethe, Balzac e William Faulkner.

Dentre os diretores, destacam-se F.W. Murnau, Pier Paolo Pasolini, Roman Polanski, Michael Haneke e Jacques Rivette.

Cada um dos 25 volumes é acompanhado de um livro com um ensaio sobre vida e obra do autor, e análise de aspectos literários e cinematográficos do título.

Cássio Starling Carlos, crítico de cinema da Folha, e Pedro Maciel Guimarães encabeçam a lista de autores que se debruçaram sobre os filmes e os livros, e revelam exemplos em que a adaptação não decepciona os leitores.


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