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Foco

Bailarinos de grandes grupos se arriscam como coreógrafos

KATIA CALSAVARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Arriscar-se numa carreira de coreógrafo no Brasil exige coragem --faltam incentivos e sobra instabilidade.

Mas foi nisso em que apostaram os bailarinos Alex Soares e Luiz Fernando Bongiovanni, que passaram por grandes companhias como o Balé da Cidade de São Paulo.

"Quando você está dançando em uma companhia, não escolhe o que vai fazer. Mas eu comecei a querer falar sobre as minhas próprias questões", diz Bongiovanni, sobre sua nova empreitada.

Essa vontade de compor espetáculos é partilhada por Soares. "Meus questionamentos a respeito da dança aumentaram muito e achei que era a hora de experimentar."

Soares se lançou como coreógrafo em 2006, quando fez "Antiprisma" para o Balé da Cidade de São Paulo.

A despedida do grupo veio quatro anos depois, quando assinou a segunda peça, "WiiPrevisto".

O reconhecimento aumentou em 2011, quando foi convidado pela Noord Nederlandse Dans, da Holanda, para um projeto de videodança.

Até então, ele se virava dando aulas e batalhava para emplacar projetos via editais de incentivo à cultura.

Bongiovanni trilhou um caminho oposto ao de Soares.

Depois de atuar por dez anos como bailarino na Europa, em companhias como o Cullberg Ballet (Suécia) e o Ballet da Ópera de Zurique (Suíça), voltou ao Brasil em 2004, decidido a abandonar a dança e dar aulas de inglês.

O convite para uma residência artística o manteve ativo no palco.

De lá para cá, ministrou dezenas de cursos, workshops e curadorias, coreografou para o Balé da Cidade de São Paulo, o Balé do Teatro Guaíra (em Curitiba), o Balé do Teatro Castro Alves (em Salvador) e o Balé da Cidade de Niterói, além de óperas. Não é raro que a dança consuma quase dois terços do seu dia.

A agenda dos dois está lotada para o segundo semestre. Hoje, às 19h, Bongiovanni encerra temporada de "Nossos Sapatos", na Galeria Olido, em São Paulo, que aborda a questão do luto.

Em setembro, estreia "O Corpo do Rock", com o grupo goiano Das Los, e "Simbiose", com a escola de dança do Theatro Municipal de São Paulo. Em novembro, vai estrear um novo balé, na Alemanha, com o Balé da Cidade de São Paulo.

Já Soares, após temporada do espetáculo "Oroboro", em agosto, está coreografando sua terceira obra para o BCSP, "Abrupto", prevista para estrear setembro.

No mês seguinte, ele fará um projeto de videodança para o Balé do Teatro Castro Alves e, em novembro, segue para Chicago, onde irá criar para o Hubbard Street Dance.

Além disso, os dois coreógrafos seguem produzindo para grupos independentes em São Paulo.


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