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Feminismo marca 1º dia de competição em Veneza

Filme local traz conflito com lésbicas na Sicília

RODRIGO SALEM ENVIADO ESPECIAL A VENEZA

O primeiro dia da competição oficial do Festival de Veneza foi dominado por um tema: o poder das mulheres.

A disputa foi aberta, ontem, pelo filme "Via Castellana Bandiera", primeiro longa-metragem da dramaturga italiana Emma Dante.

É uma metáfora feminista na machista Sicília: dois carros ficam presos em uma ruela, um dirigido por uma senhora albanesa (Elena Cotta), outro com duas lésbicas (Emma e Alba Rohrwacher) em crise de relação.

O filme não produz imagens inspiradas e é ancorado pelo texto, que pesa nas críticas. O intuito é brincar com a ideia de passado histérico e preconceituoso da Itália e o vislumbre de um futuro igualitário, com "ruas largas" e "carros" de todo tipo trafegando sem obstáculos.

"A mensagem do filme talvez seja a de que enxergamos o mundo de forma muito distorcida, querendo que tudo ao nosso redor seja nossa propriedade, até os homossexuais", diz a diretora.

EXPLORADORA

Já "Tracks", do australiano John Curran ("Homens em Fúria") é mais sutil ao contar a história real de Robyn Davidson, que atravessou o deserto australiano em 1975.

Mia Wasikowska ("Alice no País das Maravilhas") interpreta a exploradora com distinção, mas Curran não equilibra a análise íntima da personagem, que perdeu a mãe cedo, com a jornada acompanhada de quatro camelos e um cachorro.

Falta tensão para rebater o emocional conturbado de uma mulher em busca da solidão. Não há superação feminina que segure uma trama cujo grandes "vilões" são camelos selvagens.


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