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Filme de Lindsay Lohan provoca risos em Veneza

'The Canyons', exibido ontem no festival, pretendia 'atualizar cinema noir'

Diretor afirma, em entrevista coletiva, que foi mantido refém por atriz 'completamente imprevisível'

RODRIGO SALEM ENVIADO ESPECIAL A VENEZA

Mesmo apresentado fora de competição, o novo filme de Paul Schrader, roteirista de "Táxi Driver" (1976) e diretor de "Gigolô Americano" (1980), conseguiu chamar atenção no Festival de Veneza. Mas não pelas razões certas.

"The Canyons", protagonizado pelo ator pornô James Deen e pela atriz-problema Lindsay Lohan, começou seu dia sendo recebido por gargalhadas fora de hora em sua primeira exibição para a imprensa e membros da indústria cinematográfica.

A produtora High Voltage já tinha avisado que a divulgação do filme para a imprensa seria cortada em Veneza, ficando restrita apenas à entrevista coletiva, cuja presença de Lohan, que saiu da reabilitação há cerca de um mês, era tida como certa.

Mas a atriz não apareceu. Schrader fez um pequeno discurso de abertura: "Hoje, eu sou um homem livre, depois de ter sido mantido refém por 16 meses de uma atriz completamente imprevisível", disse o diretor, referindo-se à data em que contratou Lohan.

Schrader se recusou a falar sobre a vida pessoal da atriz. Disse que ela ela é "destemida, mas tem problema em fingir". "Atuar é exaustivo para ela. Por isso, o que você vê em The Canyons' é o mais perto possível da verdade."

TEIA DE SEXO

Lohan vive uma jovem entediada e humilde que se envolve com um playboy (Deen) com desejos sexuais insaciáveis a ponto de chamar desconhecidos (as) para dividir a cama com a namorada.

Essa teia de sexo fica mais emaranhada quando entra em cena um jovem ator (Nolan Gerard Funk) com um passado ligado ao da garota. E Lohan, ao contrário do que havia sido ventilado, não aparece totalmente nua e não faz cenas pesadas.

A produção, com orçamento de US$ 155 mil levantado por meio de site de financiamento coletivo, foi filmada em sete semanas.

"A trama surgiu porque eu estava obcecado por James Deen e seu trabalho", resumiu o roteirista Bret Easton Ellis. "Não é um comentário sobre uma nova geração, mas uma atualização do cinema noir."

A pretensão não se cumpriu. "The Canyons" parece um thriller erótico pouco sensual. E nas cenas mais tensas, perto do fim, só gera risos. "Essa reação não é uma surpresa para mim. Meus diálogos foram construídos para reproduzir pessoas artificiais vivendo em um mundo artificial", rebateu Ellis.


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